Natiruts realiza turnê de despedida @cria.mov. / Divulgação

Assim como nos versos de “Leve com Você”, o Natiruts levará “só o que foi bom” dos últimos shows da banda de reggae de quase três décadas. Após reunirem mais de 50 mil pessoas na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília, o grupo chegou ao Rio de Janeiro, neste fim de semana, para realizar duas apresentações da turnê de despedida, no Estádio Nilton Santos, mais conhecido como Engenhão, na Zona Norte. Os espetáculos prometem emocionar o público e até mesmo os integrantes, já que basta ouvir “aquele som” para lembrar “tudo o que passou”.

Ao longo da trajetória profissional, o Natiruts coleciona 11 álbuns, inúmeros sucessos como “Liberdade pra Dentro da Cabeça”, “Presente de um Beija-flor” e “Quero Ser Feliz Também”, mais de 2,5 bilhões de streams, cerca de 1.500 shows, além de uma legião de fãs apaixonados. E a Cidade Maravilhosa tem um lugarzinho especial nessa história de sucessos da banda, que gravou os primeiros discos na região.

“O Rio de Janeiro está no nosso coração desde o início da nossa carreira. Nós gravamos os quatro primeiros discos aí. Então, a nossa história vem desde 1997, e eu posso dizer que talvez o ponto alto da nossa carreira tenha sido a gravação do acústico no Rio de Janeiro, no Mirante de Dona Marta. A gente sempre foi muito recebido, o carioca nos acolheu, nos abraçou bem, e a gente fica muito feliz. Fizemos shows históricos em vários lugares da cidade. Agora estar tocando em grandes estádios, coroando essa história toda, vai ser mágico, e a gente agradece muito ao Rio de Janeiro”, comenta o baixista Luís Maurício.

As apresentações deste sábado e domingo serão grandiosas e com a maior “Good Vibration”. Além de telões posicionados nas laterais e ao fundo do palco para proporcionar uma experiência ainda mais única aos fãs, o espetáculo terá um setlist recheado de sucessos.

“Para o show, de modo geral, a gente fez um repertório bem extenso, procurando passar por quase todos os nossos álbuns. E a gente tem feito no final um bis com músicas antigas. Também sempre tem aquele momento em que a gente deixa o público falar e pedir uma música. Lógico que fica uma confusão, né, que é muita gente, mas a gente acaba elegendo algumas canções para tocar no final. Vai ser desse jeito. E espero que seja um show histórico, memorável e que os cariocas levem para o coração por resto da vida”, vislumbra Luís.

Rodando o país com a turnê final do Natiruts, o guitarrista revela o que tem “levado de bom”. “As recordações, os grandes momentos que a gente viveu, não só no Brasil, mas em vários lugares do mundo. E tenho lembrado também dos momentos em que a gente foi resiliente, teve coragem de prosseguir, tirou forças nos momentos de dificuldade, e ver que tudo valeu a pena. Passa esse filme na cabeça e vem o sentimento de dever cumprido. Realmente tem que ser comemorado e celebrado, porque nós fomos persistentes para chegar onde a gente chegou”.

Natiruts se despede após quase 30 anos de estrada – Foto: Carlos Muller / Divulgação

Como é “preciso seguir em frente”, já que “a vida não parou”, Alexandre Carlo, vocalista do Natiruts, já deu o pontapé em sua carreira solo, em meio aos últimos shows do Natiruts no país. Ele lançou o EP, “Carlo 50”, com três composições inéditas, no fim de março. São elas: “Tardes de Verão”; “All Your Love” e “Deixa Que o Amor Envolve”.

O cantor, então, fala sobre seu novo trabalho e comenta a possibilidade de iniciar uma turnê solo. “Durante a turnê de despedida vou lançar algumas canções em formato single. Depois, creio que não vou emendar com outra solo. Mas compor é meu primeiro ofício. Não vou parar nunca”, promete o artista.

*Com informações de O Dia