Mulheres preferem fazer investimentos mais seguros e ainda lidam com as finanças com menos ousadia do que os homens. É o que mostra um estudo da Rico, em parceria com a Mosaiclab.
A pesquisa, intitulada “Os desafios dos objetivos financeiros de curto prazo”, foi realizada com 400 investidores entre 18 e 70 anos das classes sociais A e B, mostra que 48% das entrevistadas investem pelo menos uma vez por mês.
Além da poupança, as mulheres elegem o Tesouro Direto (32%) e ativos de renda fixa (21%) como opções de investimento preferenciais.
Entre os principais objetivos das entrevistadas, realizar uma viagem internacional lidera a lista com 31%, seguido pela intenção de comprar um imóvel (29%) e empreender (27%). Além desses propósitos, reformar o lar (27%) e tirar um ano sabático (26%) também são metas comuns.
“Mulheres têm mais medo de perder dinheiro ao investir, e por isso, correm menos riscos nos investimentos, são mais cautelosas, o que também reflete um fator cultural. Esse princípio acaba criando a noção de que os retornos esperados em carteiras escolhidas por mulheres são menores, quando comparado às carteiras em que homens decidem sobre a alocação”, explica Rachel de Sá, chefe de Economia da Rico.
A economista acredita que ainda há muito a ser trabalhado para melhorar esse indicativo, mas que esse é um bom começo.
“Que possamos continuar quebrando as barreiras e desafiando estereótipos para gerar um ambiente mais inclusivo e igualitário, onde todas as mulheres se sintam seguras para conquistar a independência financeira e alcançar seus objetivos por meio de investimentos assertivos e alinhados ao perfil de cada uma”, finaliza.
Ao iG, Vania São José declara que sempre sonhou ser independente financeiramente. “Sempre fui poupadora, daquelas que deixava o dinheiro na poupança e achava que investir era pra quem tem muito dinheiro. Até que um colega de trabalho me falou dos vídeos da Nathalia Arcuri. Depois disso, criei uma conta na corretora onde tenho investimentos até hoje”, pontua a profissional de marketing,
“É importante escolher com cautela e analisar os ativos antes de sair colocando o dinheiro, não tem milagre, tem que estudar mesmo. Investigar as instituições onde se está colocando o dinheiro”, defende.
“Já comprei ativos com pouca informação e perdi dinheiro (como a debênture da RDVT11), comprei fundos imobiliários que perderam valor de mercado, comprei ações que derreteram (como da Americanas), mas o saldo foi muito positivo. O que sempre me ajudou foi a estratégia de diversificar bastante o meu portfólio de investimentos. Hoje, a maior parte está em renda fixa, mas também tenho uma boa reserva em ações, fundos imobiliários, investimentos no exterior, criptomoedas. E também estudo cada vez mais para cuidar de onde invisto, tomando riscos com consciência”, finaliza.
Já a designer Gabriella Sales diz que começou a investir na pandemia, quando voltou a morar com os pais. “Quando decidi que de fato eu precisava tirar o dinheiro da poupança porque sabia que eu estava perdendo dinheiro decidi pesquisar e assisti muitos vídeos no YouTube, principalmente. Comecei pela Nath Finanças”, pontua.
“No começo, eu só queria fazer a minha reserva de emergência e sabia que as melhores opções eram Tesouro Direto ou um CDB. E aí acabei usando a plataforma de investimento do próprio Banco do Brasil”, acrescenta.
“Quando cheguei na minha meta da reserva de emergência, decidi que eu queria passar para uma corretora. A minha ideia é diversificar e acho que essa é a parte mais difícil, pois é uma coisa sobre a qual a gente não tem muito acesso, não aprendemos isso na escola e as informações não são tão divulgadas”, finaliza.
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