Dia triste para a cultura do Amazonas: o diretor Roberto Kahane morreu aos 77 anos de idade no início da manhã desta sexta-feira (3). Ele passou mal em casa e não resistiu.
Kahane foi um dos nomes mais importantes da geração cineclubista dos anos 1960 do Amazonas. A partir dos equipamentos de filmagem do pai, ele se apaixonou pelo audiovisual. Em 1966 para o I Festival de Cinema Amador do Amazonas, realizou três curtas-metragens: “Plástica e movimento” com Felipe Lindoso, Raimundo Feitosa e Aldísio Filgueiras, “Um Pintor Amazonense” (1966) e “Igual a Mim… Igual a Ti” (1966) realizados ao lado de Felipe Lindoso.
Três anos depois, participou do I Festival Norte do Cinema Brasileiro sendo premiado com “A Coisa Mais Bela que Existe ou a trajetória de um seringueiro”. Também nos anos 1960 enveredou pela crítica jornalística com textos no jornal A Crítica e na revista Cinéfilo de José Gaspar.
Já na década seguinte, enquanto fazia a faculdade de Direito, Kahane realizou o curta “Manaus” sobre a arquitetura da cidade e o ciclo da borracha seguidos por “O Começo do Começo” com Márcio Souza e ainda o longa inacabado “Como Cansa Ser Romano nos Trópicos”. Em 1976, roteirizou “Noite sem Homem”, dirigido por Renato Neumann e protagonizado por Ítalo Rossi e Otávio Augusto.
A partir dos anos 1980 e 1990, Roberto Kahane dedicou grande espaço ao trabalho na publicidade e na televisão amazonense ao lado da esposa Norma Araújo. No cinema, realizou um fundamental documentário sobre a história do Teatro Amazonas. Em 2023, finalizou “Roberto Kahane e a Câmera do Dr. Salim”, obra póstuma do diretor Jean Robert Cézar que retrata o cineasta Roberto Kahane, seu pai Dr. Salim Kahane e a importância de seu acervo cinematográfico.
Com informações do Cineset, com texto de Caio Pimenta
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