Senador Marcos do Val contou versões diferentes do plano contra Alexandre de Moraes (Foto: CartaCapital)

O ministro do STF determinou uma investigação contra o senador por suas diferentes versões sobre suposto plano golpista

O Supremo Tribunal Federal divulgou ontem (3), duas decisões assinadas pelo ministro Alexandre de Moraes para determinar uma investigação contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), no caso do suposto plano golpista envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e Daniel Silveira (PTB-RJ).

O magistrado determinou, entre outros pontos, que Veja, GloboNews e CNN Brasil enviem ao STF a íntegra das entrevistas concedidas pelo parlamentar. A primeira versão previa multa diária de 100 mil reais a cada veículo em caso de descumprimento da ordem.

O segundo documento, no entanto, suprimiu qualquer menção a essa multa. Pela determinação, as empresas jornalísticas têm cinco dias para fornecer o material solicitado por Moraes. Há outra mudança: ao contrário da primeira versão, a segunda acrescenta que os veículos devem entregar a íntegra das entrevistas “já publicizadas”.

Moraes mandou investigar Marcos do Val por considerar que, diante das diferentes versões apresentadas pelo senador, deve-se apurar se ele cometeu cometeu os crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.

“Ouvido sobre os fatos, o Senador MARCOS DO VAL apresentou, à Polícia Federal, uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento”, escreveu.

O ministro também solicita que a Meta, dona do Facebook e do Instagram, envie à Corte no prazo de cinco dias o conteúdo da live em que Do Val diz ter sido coagido por Bolsonaro e Silveira a grampear Moraes. O objetivo da gravação, segundo contou, seria viabilizar um golpe de Estado a fim de impedir a posse de Lula (PT) na Presidência da República.

Com informações da Carta Capital