O nome “Parque das Araras” remete à preservação de um conjunto de árvores da área, incluindo um apuizeiro que abriga diversos casais de araras

Quadras de esportes, academia ao ar livre e área verde estão entre os benefícios que o novo parque da cidade oferece à população

Um local para as famílias. É assim que os moradores do Centro de Manaus descrevem o Parque das Araras, inaugurado hoje (6), no bairro Praça 14 de Janeiro, entre as avenidas Leonardo Malcher e Tarumã, zona sul de Manaus.

O espaço dispõe de muros embelezados por pinturas em grafite, quadras de esportes, playground, academia ao ar livre e área verde, tornando-se uma alternativa para práticas esportivas e de lazer para quem mora no entorno.

Para Joelma Pinheiro, 47, cuidadora de idosos e neta da moradora mais antiga do parque, dona Gliceria Gomes, a construção é um sonho realizado “A minha avó nunca imaginou que isso aqui pudesse acontecer. Agora, depois dessa reforma, ficou muito lindo, ficou maravilhoso”, destacou.

Joelma reforçou, ainda, que o espaço será uma herança para as crianças da área. “Se cada um fizer sua parte, isso aqui vai ser para toda a vida, para os filhos, para os netos e bisnetos”, frisou.

Executada pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), do Governo do Amazonas, a obra possui 15 mil metros quadrados e faz parte de um conjunto de intervenções complementares que estão sendo realizadas no leito do Igarapé do Mestre Chico, pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus e do Interior (Prosamin+).

Anteriormente, a área do parque era considerada de risco, alagadiça e criadouro de mosquitos vetores de doenças. Hoje, o local conta com a implantação de mais de 995 metros de novas redes de esgoto sanitário, além de ser um exemplo de preservação ao meio ambiente.

“Nós retiramos dessa área 166 famílias que estavam em situação de risco, de desabamento, de alagamento, de inundações e sujeitas a doenças dentro do igarapé. Além disso, nós entregamos uma área de lazer que dá cidadania e dignidade para as pessoas”, explicou Marcellus Campêlo, coordenador executivo da UGPE.

O nome “Parque das Araras” remete à preservação de um conjunto de árvores da área, entre as quais está um apuizeiro (fícus trigona) de mais de 25 anos, abrigo de diversos casais de araras.

Preservação

O novo local familiar tem, ainda, uma trilha verde e um portal de entrada formado pelas copas das árvores. Além da área preservada, a unidade gestora realizou um trabalho de paisagismo, com o plantio de mais de 2 mil unidades de plantas ornamentais e 42 mudas arbóreas.

Nos muros, a preservação do meio ambiente também foi expressada. As imagens desenhadas retratam os animais da fauna amazônica, inclusive o Sauim-de-Manaus, símbolo da cidade e espécie ameaçada de extinção, como uma forma de educação e consciência ambiental.

Da Redação