O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as reuniões para definição dos cortes de gastos foram concluídas. Ele garante que os ministros “estão muito conscientes” das medidas que serão apresentadas ao Congresso Nacional.
Haddad diz que debate sobre a contenção de gastos foi finalizado. Segundo ele, os encontros solicitados pelo presidente Lula para discutir os cortes de gastos para o cumprimento do arcabouço fiscal foram finalizados. “Os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente”, garantiu Haddad.
Ministro garante “consenso” para o cumprimento das regras fiscais. Haddad destaca que as conversas terminaram com a conclusão da importância do arcabouço fiscal para a “previsibilidade da sustentabilidade das finanças no médio e longo prazo”.
Decisões serão encaminhadas para o Congresso Nacional. O ministro avalia que o presidente Lula ainda deve convocar os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Reuniões para discutir as propostas se estenderam nos últimos dias. Após Lula pedir para Haddad cancelar a viagem que faria à Europa, o presidente recebeu ministros de diversas pastas para debater o corte de gastos no Orçamento de 2026. O mercado financeiro aguarda ansiosamente pelo anúncio.
Eleição de Trump
Haddad cita “apreensão” com as propostas de campanha do presidente eleito. Para o ministro, as preocupações a respeito do assunto atingem todas as economias do mundo, mas precisam ser confirmadas por Donald Trump ao sentar na cadeira presidencial. “O dia amanheceu no mundo mais tenso, em função daquilo que foi dito na campanha”, relata ele.
“As coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas e o discurso [de Trump] após os primeiros resultados já é mais moderado do que o da campanha. Nós temos que aguardar e cuidar da nossa casa, para o Brasil ser o menos afetado possível, apesar de qual seja o cenário externo.” afirmou Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
“Cenário externo já é desafiador há alguns meses”, reforça Haddad. Ao defender a necessidade de uma “cautela interna”, o ministro da Fazenda alerta que os acontecimentos globais exigem a conscientização do Congresso a respeito das dificuldades enfrentadas neste ano. Segundo Haddad, as mediações da sociedade d o Congresso podem corrigir eventuais “propostas mais exacerbadas” de Trump.