O cantor Mick Jagger, de 80 anos, pretende doar sua parte do catálogo dos Rolling Stones para instituições de caridade ao invés de passar para seus filhos. O material é avaliado em US$ 500 milhões, algo em torno de R$ 2,5 bilhões na cotação atual. Segundo o artista, seus filhos não precisam desse dinheiro para viver.
“Quero fazer algum bem ao mundo”, disse Mick Jagger, em entrevista ao The Wall Street Journal, na terça-feira, 26.
Atualmente, o filho mais velho filho de Jagger tem 52 anos e o mais novo seis. Entre os herdeiros está Lucas, de 24 anos, nascido em 1999, do relacionamento com a brasileira Luciana Gimenez.
Ao longo dos anos, o grupo Rolling Stones enfrentou problemas com seus direitos autorais. De acordo com a reportagem, os músicos ainda não colheram os frutos de seu catálogo de álbuns anteriores a 1971. Neste período, a banda lançou grandes sucessos, como Satisfaction, Paint it Black e Jumpin Jack Flash.
Allen Klein foi contratado pelo grupo para cuidar das finanças na década de 1960. O gerente, que também cuidou das contas dos Beatles, negociou um acordo lucrativo para os Stones com a Decca, mas quando a parceria terminou, conseguiu manter a propriedade do catálogo durante os anos em que os administrou – de 1965 a 1970. Na época, os Rolling Stones receberam milhões de libras em royalties – mas não tanto como se fossem donos da música.
A banda Rolling Stones – formado atualmente por Mick, Keith Richards e Ronnie Wood – está lançando seu primeiro álbum com material novo em 18 anos, e o primeiro desde a morte de Charlie Watts, chamado Hackney Diamonds. Há duas faixas no novo álbum que foram gravadas em 2019, o que significa que o falecido baterista ainda fará parte do projeto com tom de homenagem.
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