Mercado de namorado é nova aposta de negócio no Japão; entenda

Já pensou em tentar novas formas de relacionamento e alugar um namorado? No Japão, a possibilidade já é uma realidade em lojas de host cafés. A prática vem ganhando força e conta com mais de três mil estabelecimentos do tipo.

“A japonesa que entrar por uma dessas portas será tratada como nunca na vida”, estampa um anúncio na cidade de Shinjuku. A cliente Cha Cha, 41, frequentadora do host café, disse que um dos atrativos é a beleza dos atendentes.

“Eu venho aqui porque amo homens bonitos. Eu nunca me envolvi muito com homens. Aqui, desde que você pague, você recebe atenção. Num relacionamento normal tem muitos momentos que são chatos. Mas aqui, como as regras são muito claras, é fácil conversar — e você pode se divertir”, afirmou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

O serviço oferecido por homens conta com atenção, afeto, drinks e um bom papo durante 91 minutos e tem como objetivo fazer as mulheres gastarem muito dinheiro. “Aqui não é só um lugar para beber drinks. Mas um lugar onde meninos muito bonitos te tratam bem, a gente quer fazer com que elas se apaixonem pela gente”, contou Keiju, 22, atendente em um host café.

Segundo o atendente, o público masculino é bem-vindo e recebe o mesmo atendimento, mas sem fazer com que se apaixonem a não ser que os envolvidos tenham a mesma orientação sexual.

Outro ponto relevante para o sucesso do negócio é que não basta ter uma boa aparência na hora de conquistar as clientes, é necessário que os atendentes aprendam a tratar as mulheres do jeito que elas querem.

“Algumas só querem ouvir que são bonitas. Outras, que já ouvem o tempo todo, não querem mais ouvir isso. Algumas têm maridos e namorados, mas continuam vindo aqui pelo jeito que são tratadas”, diz o atendente Keiju.

Para o governo japonês, a forma de se relacionar sem compromisso acende a preocupação com o futuro da população que está cada vez mais velha, sem o nascimento de bebês.

Para retardar o efeito, o Japão tem apostado em táticas e ações de incentivo à reprodução humana, como por exemplo a de oferecer dinheiro para que casais tenham mais filhos, já que a queda de natalidade pode ser um agravante para uma crise econômica no futuro.

*Com informações de Terra