O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) afirmou, em audiência com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (3), que a megaoperação realizada no último dia 28 de outubro, nos Complexos da Penha e do Alemão, seguiu “as diretrizes constitucionais aplicáveis ao emprego do uso da força em territórios de alta vulnerabilidade social”.
A ação policial deixou 121 mortos, sendo 4 das vítimas policiais.
Em audiência com Moraes, que solicitou um detalhamento da operação, Castro enfatizou que a ação foi realizada em consonância com as determinações do STF, no âmbito da ADPF nº 635, a chamada ADPF das Favelas, e às normas internas das corporações, com os princípios da legalidade e da proporcionalidade.
O governo do Rio entregou ao ministro um ofício, assinado por Claudio Castro, explicado todo o planejamento e execução da operação.
O Comando Vermelho
O documento começa com uma contextualização do Comando Vermelho (CV), descrita como uma das mais antigas e estruturadas organizações criminosas do Brasil, com origem no sistema prisional fluminense, especificamente no presídio de Ilha Grande (RJ), durante a década de 1970.
No ofício, Castro também relata que, atualmente, os membros do CV ocupam territórios, ameaçam gravemente a população civil, expulsam pessoas de suas casas, limitam a locomoção, extorquem e pilham comerciantes, impedem a prestação de serviços, agridem, estupram e torturam os moradores que resistem às suas práticas.
“É plenamente possível compará-los a organizações narcoterroristas internacionais “, destaca.
Finalidade da operação
A Operação Contenção, segundo ofício, teve por finalidade principal o cumprimento de 51 mandados de prisão e 145 mandados de busca e apreensão expedidos pela 42ª Vara Criminal da Capital, no âmbito de investigação envolvendo a organização criminosa Comando Vermelho, atuante no Complexo da Penha.













