FOTO: Maurício Neto

Em 2022, foram notificados 4.691 casos de violência contra a mulher no Amazonas. O dado é da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), que divulgou o informe epidemiológico do Monitoramento da Violência contra a Mulher no estado. O documento completo pode ser acessado aqui.

A faixa etária com o maior índice de notificações foi a de 10 a 14 anos, representando 26,1% do total. Os principais tipos de violência sofridas pelas vítimas foram: física, sexual e psicológica com o uso de força corporal praticados por conhecidos da vítima.

No Amazonas, o monitoramento da violência contra a mulher é realizado pela FVS-RCP, por meio da Gerência de Doenças Crônicas e Agravos Não-Transmissíveis (GVDANT), do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE). O informe, que apresenta o cenário do ano de 2022, detalha o número de casos notificados no período, faixa etária, tipo de violência sofrida, meio de agressão, situação conjugal, local da ocorrência e vínculo com o suposto agressor.

Com o monitoramento da violência contra a mulher no Amazonas, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca ser possível detalhar o perfil da mulher alvo da violência e contribuir para a construção de ações preventivas mais efetivas para o enfrentamento à violência contra mulher no estado.

“Os dados produzidos serão compartilhados com os órgãos públicos e organizações da sociedade civil que lidam diretamente no enfrentamento da violência doméstica e familiar para subsidiar a construção das políticas públicas e as decisões voltadas para prevenção de violências contra mulher”, afirma Tatyana.

Para a coordenadora de Vigilância das Violências e Acidentes do Amazonas da FVS-RCP, Cassandra Torres, a coleta, análise e divulgação de dados sobre a violência de gênero ajudam a identificar padrões e tendências, bem como a entender melhor os fatores que contribuem para a violência contra as mulheres na região.

“Isso permite que as autoridades, organizações da sociedade civil e outros atores relevantes desenvolvam políticas públicas e intervenções mais eficazes para proteger as mulheres e prevenir a violência”, pontua Cassandra.

*Com informações da assessoria