Foto: Reprodução / Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta sexta-feira (3) a ampliação de investimentos durante seu mandato, segundo ele, “dinheiro bom é dinheiro transformado em obra”. A declaração se dá em meio à discussão de mudança na meta fiscal de 2024 , que prevê déficit zero.

“Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro que está no Tesouro, mas para quem está na Presidência dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. É dinheiro transformada em estrada, em escola, em escola de primeiro, segundo, terceiro grau, saúde”, disse o presidente nesta sexta.

“Se o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo que um político quer e que um presidente deseja”, acrescentou.

O presidente cobrou ainda que os ministros sejam os “melhores gastadores do dinheiro” em obras.

“Queremos que vocês [ministros] sejam os melhores ministros deste país, os melhores executores deste país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro”, disse Lula, em referência ao Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que tem uma cartilha de empreendimentos em infraestrutura com previsão de investir R$ 1,4 trilhão até 2026.

Ainda segundo o presidente, o foco devem ser projetos que já foram iniciados.

“Ninguém precisa inventar nada novo neste país. Está tudo determinado. A gente vai fazer essas obras. A gente tem até 2026 para que a gente execute parte dessas obras”, afirmou.

Também nesta sexta-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que tenha batido o martelo sobre alteração na meta, mas disse que, em caso de troca, irá comunicar.

“Quando tiver novidades falo com vocês. Só me reserva o direito de falar na hora que eu puder. É muita agressividade (questionamentos recorrentes). Nunca fui agressivo com vocês (jornalistas). Assim que eu tiver novidades eu reporto. Vale o que eu falei ontem (sobre meta fiscal)”, declarou a jornalistas no Ministério da Fazenda.

Integrantes do governo já falam em ampliação da meta de déficit para 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), o que liberaria cerca de R$ 50 bilhões a mais no próximo ano.

O próprio presidente já afirmou que a meta de déficit zero “dificilmente” será alcançada no ano que vem.

O déficit primário é o balanço de receitas e despesas, sem considerar o pagamento de juros. Para 2024, a equipe econômica, estabeleceu uma meta de zerar esse saldo negativo, mas já estuda revisar para déficit de 0,25% a 0,50% em relação ao PIB.

Em paralelo, Haddad tenta negociar com o Congresso a aprovação de medidas que aumentam as receitas do governo federal. Isso porque para atingir a meta de zerar o déficit são necessários R$ 169 bilhões.

*Com informações de IG