"Quem sabe não estaria ocorrendo a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, se a ONU tivesse mais representatividade", disse Lula. (Foto: Ricardo Stucker/Governo Federal)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um encontro com o presidente uruguaio Luis Alberto Lacalle Pau , em Montevidéu, nesta quarta-feira (25). Lula disse que conta com o Uruguai para que seja construída uma ‘nova governança mundial’ e deu a entender que a participação dos países latino-americanos seja importante para consquistar esse objetivo.

Lula comentou sobre a inação e falta de compromisso com algumas agendas ambientais e econômicas dos países membros das Organização Nações Unidas (ONU) .

“Até hoje os Estados Unidos não ‘assinou’ Protocolo de Kyoto. Em 2008 eu era presidente da República e a União Europeia dizia que em 2020 iria ter pelo menos 10% de etanol em toda gasolina da Europa. Já estamos discutindo outras matrizes energéticas no Brasil, hidrogênio verde e até agora a questão do etanol não foi cumprida”, disse Lula.

O presidente também criticou a falta de representatividade na ONU e se posicionou contrário ao poder de veto das potências mundiais que lideram as tratativas na organização.

“Então eu espero contar com o Uruguai nessa briga por uma nova governança mundial, com mais países participando, com mais países no Conselho de Segurança da ONU e sem direito a veto. Aí a ONU será mais presentativa. E quem sabe não estaria ocorrendo a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, se a ONU tivesse mais representatividade”, comentou Lula.
Poder de veto ONU

O poder de veto é exercido exclusivamente pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido) , que os permnite evitar a adoção de qualquer projeto ‘ adicional’ pela Resolução do Conselho , independentemente do apoio internacional para o projeto.

Fonte: iG