O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a Belém hoje para tentar impulsionar as negociações climáticas da COP30, embora os negociadores ainda estejam longe de um acordo, como admitiu uma ministra francesa.
O Brasil quer que a primeira COP realizada na Amazônia seja um sucesso e seus diplomatas fazem os negociadores trabalharem noite e dia com a esperança de fechar um compromisso ambicioso frente à emergência climática.
É incomum que chefes de Estado, após terem inaugurado a COP, retornem na reta final da conferência. A de Belém deve terminar na próxima sexta-feira (21).
Lula tem previstas várias reuniões com representantes de países emergentes, europeus, insulares, além de coletivos indígenas e da sociedade civil.
Os negociadores trabalham em um texto proposto pela presidência brasileira da COP, que abrange a responsabilidade financeira dos países desenvolvidos, a eliminação dos combustíveis fósseis e as medidas comerciais unilaterais.
A ministra francesa de Transição Ecológica, Monique Barbut, alertou, no entanto, que um acordo ainda está longe.
“Não, não vai haver uma decisão da COP hoje. Não vejo como poderia acontecer. No entanto, houve um pouco de movimentação, sim. Mas ainda estamos longe de alcançá-lo. Porque para nós é um pacote global”, disse a ministra na saída de uma reunião de coordenação com seus homólogos europeus.
Mais de 50 países
A estratégia brasileira é aprovar primeiro um texto mais político e complexo, batizado de “Mutirão mundial”, em alusão a um termo indígena que significa trabalho conjunto, para depois votar o restante das medidas na sexta-feira.














