O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse, nesta terça-feira (21), quando a guerra chega ao seu 46º dia, que o grupo está perto de firmar um acordo de trégua no conflito com Israel.
Ismail Haniyeh disse que o Hamas entregou sua resposta aos mediadores do Qatar, e que estão “perto de chegar a um acordo de trégua” com Israel. O Qatar atua como mediador das negociações.
Izzat al-Reshiq, um negociador do Hamas, disse à Al Jazeera TV que as tratativas se centram na duração da trégua, nos acordos para a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e na troca de reféns israelenses detidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.
Duas fontes próximas das negociações revelaram à AFP que o acordo inclui uma trégua de ao menos cinco dias, que implicaria em um cessar-fogo no terreno e limites às operações aéreas de Israel no sul de Gaza.
Em contrapartida, entre 50 e 100 reféns mantidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica – outro grupo armado palestino – seriam libertados. Entre estes estariam civis israelenses e de outras nacionalidades, mas não militares.
Negociadores têm trabalhado para fechar um acordo que permita a libertação dos cerca de 240 reféns, a maioria israelenses, sequestrados em 7 de outubro, durante o ataque do Hamas. Combatentes do grupo extremista também mataram cerca de 1.200 pessoas durante a incursão ao território israelense.
O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas “menores”.
Na segunda-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse acreditar que um acordo para libertar os reféns estava próximo. “Eu acredito que sim”, disse Biden. Em seguida, o presidente cruzou os dedos em sinal de esperança em um desfecho positivo.
A Casa Branca informou que as negociações se encontravam em um estágio de “finalização”, mas se recusou a dar mais detalhes para não comprometer um resultado bem-sucedido.
Separadamente, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou na segunda-feira que sua presidente, Mirjana Spoljaric, havia viajado para o Qatar para se reunir com Haniyeh “para avançar em questões humanitárias relacionadas com o conflito armado em Israel e Gaza”.
Em um comunicado, a organização sediada em Genebra informou que continuava “a apelar pela proteção urgente de todas as vítimas do conflito e pelo alívio da situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza”. Também disse que “pediu persistentemente a libertação imediata dos reféns”.
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