Brasileiro de 35 anos foi detido como o principal suspeito de ataque contra Cristina Kirchner (Foto: Reprodução/ Facebook)

O governo da Argentina trabalha com a tese de que o ataque contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na última quinta-feira (1) foi de um “lobo solitário” e considera que essa hipótese é a principal linha de investigação para esclarecer o caso. Em entrevista a um programa de rádio na noite de ontem (3), o chefe da AFI (Agência Federal de Inteligência), Agustín Rossi, disse que “tudo aponta para isso”.

“Tudo indica que estamos diante de um lobo solitário”, afirmou Rossi. Ele não descarta, porém, que os desdobramentos das investigações ainda possam apontar para um caminho diferente e que, por conta disso, “é preciso esperar”.

Políticos ‘relaxaram’ a segurança

Durante a entrevista, o chefe da inteligência argentina disse que os políticos do país têm “relaxado as operações de segurança” em eventos públicos para “terem mais contato com as pessoas”.

“Talvez, a partir de agora, os principais dirigentes do país, tanto do partido no poder como da oposição, tenham que ver a operação de segurança e tomar um número maior de precauções; a partir de agora deve ser assim”, disse Rossi.

Celular de suspeito foi esvaziado

Segundo informações do jornal La Nación, o celular do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, apontado como o principal suspeito do ataque, foi esvaziado por equipes da PFA (Polícia Federal Argentina) na tentativa de desbloquear e coletar informações do aparelho.

Após não ter sucesso, o celular teria sido encaminhado à PSA (Polícia de Segurança Aeroportuária), que disse ter programas de computador capazes de coletar as informações no aparelho. De acordo com o La Nación, o telefone foi enviado em um envelope lacrado, mas, ao abrir o pacote e analisar o celular, a PSA constatou que ele estava vazio.

Na manhã de hoje (4), os dois técnicos da PSA que receberam o celular devem depor como testemunhas no âmbito das investigações do ataque contra Kirchner.

Segundo uma fonte envolvida nas apurações, as únicas informações coletadas do celular de Montiel até agora foram contatos telefônicos e fotos, mas um notebook na casa dele também foi periciado.

As autoridades farão a análise dessas informações para verificar se ele de fato agiu sozinho e onde ele estava horas antes de tentar mantar Kirchner.

Com informações do Uol