Em julho, Colômbia foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios

Na decisão, o juiz Fabiano Verli informou que tem em mãos uma certidão do oficial de justiça atestando que no dia 6 de dezembro, o oficial procurou por Colômbia, para citá-lo e não conseguiu. Ele foi informado pela provável dona imóvel que ele não mora no local, que serviu de base para a soltura.

Ainda segundo a decisão, não há notícia do uso de tornozeleira eletrônica de rastreamento, pois a liberdade provisória só foi concedida sob a condição do uso de aparelho.

Na decisão, o juiz coloca que Colômbia “não parece estar agindo conforme os ditames da liberdade provisória concedida” e que “por isso é obrigado a revogá-la, sob pena de vulneração da ordem social e descrédito do Poder Judiciário” e que ele deverá ser recolhido preventivamente.

Prisão domiciliar

Colômbia seguiu para a prisão domiciliarem outubro e é obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de viajar para fora do país e precisou entregar o passaporte para a Polícia Federal.

O Ministério Público Federal (MPF) chegou a recorrer da decisão, mas o juiz federal Fabiano Verli manteve, no dia 18 de outubro, a liberdade provisória do suspeito.

Ele também responde a outro processo que apura sua participação em organização criminosa armada e crimes ambientais.

Colômbia saiu da cadeia e foi conduzido ao Centro de Operações e Controle (COC) para a instalação da tornozeleira eletrônica, conforme determinação judicial.

Em julho, Colômbia foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios. Ele negou envolvimento com o crime. E, apesar de negar participação nos assassinatos, uma das linhas de investigação da PF é de que Colômbia, que também seria um traficante de drogas, compra pescado ilegal de criminosos da região.

O crime

Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.

Com informações do G1-AM