
O Irã pediu, neste sábado (28), uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em protesto contra o assassinato do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo israelense no Líbano, segundo uma carta ao Conselho recebida pela AFP.
Na carta, o enviado iraniano à ONU , Amir Saeid Iravani, pediu ao Conselho que “tome ações imediatas e decisivas para deter a agressão contínua de Israel e impedir que a região seja arrastada para uma guerra total”.
“Em 27 de setembro de 2024, Israel perpetrou um flagrante ato de agressão terrorista contra áreas residenciais em Beirute, usando destruidores de bunkers de mil libras [mais de 450 kg] fornecidos pelos EUA para assassinar Seyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah”, disse ele, ainda acrescentando que “muitas pessoas inocentes” e um general iraniano também morreram no bombardeio .
“Há um ano, Israel vem cometendo genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza com total impunidade, enquanto o Conselho de Segurança da ONU permanece paralisado devido à obstrução dos Estados Unidos a uma decisão efetiva daquele órgão”, continuou Iravani.
Na ocasião, o iraniano também alertou “fortemente” contra “qualquer ataque às instalações diplomáticas e representantes [do Irã] em violação ao princípio fundamental da inviolabilidade das instalações diplomáticas e consulares”.
“O Irã não hesitará em exercer seus direitos inerentes sob o direito internacional para tomar todas as medidas em defesa de seus interesses nacionais e de segurança vitais”, finalizou.
Morte de Nasrallah
Na sexta (27), o Hezbollah sofreu um ataque aéreo israelense em seu quartel-general em Beirute, na tentativa de eliminar seu líder, Hassan Nasrallah. Desde então, o paradeiro do chefe do grupo era incerto e estava sob investigação.
Na manhã deste sábado, o Exército israelense anunciou a morte de Nasrallah em um ataque em Beirute, no Líbano, na última noite. “Hassan Nasrallah está morto”, anunciou o porta-voz militar, tenente-coronel Nadav Shoshani, no X.
