Manter hábitos saudáveis, combater o sedentarismo e controlar o peso são medidas fundamentais para reduzir as chances de desenvolver o problema - Foto: Reprodução / YouTube / PBS NewsHour

A recente notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofre de insuficiência venosa crônica reacendeu a atenção para uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e que, muitas vezes, é negligenciada. A insuficiência venosa crônica (IVC) ocorre quando as veias das pernas não conseguem transportar o sangue de volta ao coração de forma eficiente, provocando acúmulo de líquido, inchaço, dor e alterações na pele.

Segundo o médico intensivista Leonardo Lobato, da Afya Educação Médica de Manaus, estima-se que até um quarto da população adulta possa apresentar algum grau da doença. “O problema é mais comum em mulheres, idosos, pessoas com excesso de peso, histórico familiar ou que passaram por gestações múltiplas”, explica.

Os primeiros sinais, geralmente, surgem no fim do dia, quando é frequente a sensação de peso ou cansaço nas pernas, acompanhada de coceira, formigamento e inchaço nos pés e tornozelos. Em casos mais avançados, podem aparecer varizes visíveis, escurecimento da pele – uma condição chamada dermatite ocre – e até endurecimento da região afetada.

“O diagnóstico é feito principalmente em consulta clínica, a partir da avaliação da história do paciente e do exame físico. Para confirmar e analisar a gravidade, o médico pode solicitar exames complementares, como a ultrassonografia doppler, que permite identificar refluxo sanguíneo, obstruções e alterações anatômicas das veias”, acrescenta Leonardo Lobato, que é especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva.

O tratamento, segundo ele, varia conforme o estágio da doença e envolve uma combinação de medidas. Entre elas, estão mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividade física, controle do peso e evitar longos períodos em pé ou sentado. O uso de meias elásticas compressivas e medicamentos específicos também pode aliviar os sintomas. “Nos casos em que não há melhora, procedimentos cirúrgicos ou minimamente invasivos, como escleroterapia, laser, radiofrequência ou cirurgia convencional, podem ser indicados por cirurgiões vasculares”, reforça o especialista da Afya.

Apesar das diferentes opções terapêuticas, a prevenção continua sendo a melhor estratégia. “Manter hábitos saudáveis, combater o sedentarismo, controlar o peso, parar de fumar e cuidar de condições como hipertensão e diabetes são medidas fundamentais para reduzir as chances de desenvolver insuficiência venosa crônica”, destaca.

Ele alerta ainda que, aos primeiros sintomas, um médico cardiologista deve ser procurado para avaliação adequada.

Em Manaus, a Afya Educação Médica oferece atendimento gratuito em várias especialidades importantes no acompanhamento da insuficiência venosa como, a Nutrologia e Endocrinologia, que atuam auxiliando na adoção de hábitos saudáveis. O serviço é parte das atividades práticas dos cursos de pós-graduação.

O programa acontece mensalmente na sede da instituição, localizada na avenida André Araújo, 2767, bairro Aleixo. “Com essa iniciativa, os médicos estudantes de pós-graduação conseguem tratar casos reais e a comunidade é beneficiada com a oferta de atendimento”, explica a diretora da unidade, Suelen Falcão.

A Afya conta com uma estrutura premium, que reúne sete salas de aula, 18 ambulatórios e duas salas para pequenos procedimentos. Os interessados podem entrar em contato pelo número (92) 99379-9297 para verificar a disponibilidade de vagas e realizar o agendamento.

Além de Cardiologia, há atendimento em Dermatologia, Endocrinologia, Endocrinologia Pediátrica, Ginecologia Ambulatorial, Nutrologia, Medicina Intensiva Adulta, Gastroenterologia, Pediatria Geral, Psiquiatria e Ultrassonografia.