O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, admitiu a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes conduzir a investigação sobre o ataque à bomba ocorrido na noite desta quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, caso se identifique ligação com os ataques de 8 de janeiro de 2023.
“Vou receber o inquérito”, disse o ministro à Folha de S.Paulo sobre a possibilidade de anexar a investigação. “Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção.”
A Polícia Federal investiga as explosões. Um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina morreu durante as explosões. Segundo a PMDF, ele tinha bombas amarradas ao corpo.
Conforme nota da Polícia Federal, um inquérito policial foi instaurado para apurar os ataques. Há suspeitas de que o ataque tenha motivação política e, por essa razão, a PF enviará o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, relator dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Durante a madrugada, o Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição estiveram no local para conduzir as primeiras apurações e perícias sobre o caso.
Na manhã desta quinta-feira (14), o trânsito na Esplanada dos Ministérios ficou restrito e a passagem de pessoas a pé está sendo autorizada apenas pelo lado do Ministério da Justiça.
O Corpo do homem que morreu durante as explosões ainda está na Praça dos Três Poderes e a polícia segue realizando varreduras no local.
Também durante a madrugada, a Polícia Militar esteve em uma casa em Ceilândia onde o homem morto nas explosões morou nos últimos dias. O homem é do Sul do país, mas alugou uma casa no Distrito Federal nos últimos dias.
Entenda o caso
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
Vídeos divulgados ontem, também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Ministros em segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões na Praça dos Três Poderes. Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, afirma a nota.
Perícia minuciosa
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que a perícia foi acionada à Praça dos Três Poderes. “A Polícia Civil do Distrito Federal informa que policiais da 5ª Delegacia de Polícia estão no local onde ocorreu a explosão de um artefato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). A PCDF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao local”, diz nota enviada à imprensa.
Com informações do Correio Braziliense