Servidores reclamam de um desequilíbrio nas ações do governo Lula - Foto: Agência Pública

Servidores do Ibama e do ICMBio estão com as atividades paralisadas desde 1º de janeiro, em busca de reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Mas as questões práticas não são a única motivação do movimento, sergundo a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo: os grevistas reclamam de um desequilíbrio nas ações do governo Lula.

Segundo a publicação, o reajuste salarial que beneficiou agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, concedido pelo presidente Lula no último dia 30 de dezembro, virou estopim da paralisação. Ainda conforme o colunista, a maioria dos servidores da área ambiental julga que os agentes não mereciam o reajuste.

A cisma da ala ambiental é que os membros da PRF não só não apoiaram Lula em 2022, como fizeram oposição a ele durante o governo de Jair Bolsonaro. Exemplo disso são as operações em estradas, que tentavam impedir que os eleitores votassem no segundo turno.

A categoria alega, ainda, que a maioria dos servidores do Ibama e do ICMBio apoiou a eleição do petista e fez oposição à reeleição de Bolsonaro devido à atuação de Ricardo Salles na área. Com esse apoio, a expectativa era que a gestão Lula fizesse jus ao discurso em prol do meio ambiente e aumentasse salários e o quadro de servidores.

Uma assembleia do Conselho de Entidades da Ascema Nacional realizada na quarta-feira, 10, determinou a ampliação das paralisações após o governo só ter prometido uma nova rodada de reuniões em 1º de fevereiro.

*Com informações de Terra