O grupo terrorista Hamas libertou na manhã deste sábado (25), por volta das 6h, pelo horário de Brasília, quatro reféns israelenses como parte acordo de cessar-fogo de Gaza, informou a agência de notícias Reuters.
Foram libertadas as soldados Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag que foram capturadas na base militar de Nahal Oz, que foi invadida por homens armados do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023.
As quatro militares israelenses foram levadas até um palco na Cidade de Gaza, no meio de uma multidão de palestinos e cercadas por dezenas de homens armados do Hamas. Elas acenaram e sorriram antes de serem levadas para os veículos da Cruz Vermelha. Minutos depois, autoridades israelenses informaram já estar com elas.
O Hamas confirmou também que deve soltar uma refém civil no próximo sábado (1), Arbel Yehud.
Ela deveria ter sido libertada também hoje. O governo de Israel pediu provas de que Yehud está viva e informou que não vai permitir o retorno de palestinos ao norte de Gaza, previsto para amanhã (26), enquanto a civil não for solta.
As jovens foram sequestradas juntas da base de Nahal Oz, perto do kibutz de mesmo nome. A ação foi gravada pelos agressores. A base é parte de uma unidade de observadores em Gaza dedicada a acompanhar a atividade do grupo terrorista.
Outras três soldados foram sequestradas com elas: Agam Berger, que permanece na Faixa de Gaza; Noa Marciano, cujo corpo foi repatriado; e Ori Megidish, libertada pelo Exército em outubro de 2023.
As reféns libertadas encontraram com suas famílias em uma base militar israelense perto da fronteira com Gaza, disse o porta-voz militar de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, em um vídeo. Elas saíram de Gaza em veículos da Cruz Vermelha.
Elas foram levadas para um hospital, de acordo com o Ministério da Saúde israelense.
Israel, em troca, começa a entregar até 200 palestinos. O acordo entre as duas partes prevê entre 30 e 50 presos libertados para cada refém devolvido e a interrupção dos bombardeios e incursões militares na Faixa de Gaza.
Soldados foram “rosto” dos reféns
Imagens mostrando a captura das quatro, bem como de outro soldado, na base militar de Nahal Oz foram transmitidas pela TV israelense no ano passado.
Os vídeos foram liberados pelas famílias das reféns, em uma tentativa de aumentar a conscientização e a pressão para recuperá-las.
Parecendo atordoadas e ainda vestindo seus pijamas, as imagens, tiradas de imagens de câmeras corporais do Hamas recuperadas pelos militares israelenses, mostravam as soldados sentadas no chão com as mãos amarradas, algumas delas ensanguentadas.
Saiba mais sobre as reféns libertadas:
Naama Levy, 20
O vídeo de Naama Levy sendo colocada em um jipe em Gaza circulou nas redes sociais poucas horas após seu sequestro. Ele mostrou Levy machucada e cortada, com a calça manchada de sangue e as mãos amarradas atrás das costas, empurrado para dentro do veículo por um atirador enquanto os espectadores cantavam “Deus é o maior!” em árabe.
Ela tinha acabado de começar seu serviço militar quando o ataque ocorreu e, ao ser empurrada para dentro do jipe, ela implorou: “Tenho amigos na Palestina”, mostraram imagens divulgadas de sua captura.
Segundo um site criado por parentes de Naama – segunda de quatro filhos e praticante de triatlo -, ela cresceu na Índia, onde estudou em uma escola americana. Quando criança, participou do programa Hands of Peace, que promove o diálogo entre jovens israelenses e palestinos.
Daniella Gilboa, 20
Na manhã de 7 de outubro de 2023, Daniella, então com 19 anos, estava em contato com pessoas próximas e enviava vídeos para o namorado. Graças à roupa que vestia na ocasião, ela pôde ser identificada posteriormente em vídeos do Hamas.
Ela foi vista no ano passado em um vídeo divulgado pelo Hamas, que a mostrava apelando com raiva ao governo para trabalhar por sua libertação e dizendo que se sentia abandonada. Natural de Petah Tikva, perto de Tel Aviv, a jovem é “uma musicista apaixonada, que estuda piano e canto” e que caminhava para uma carreira musical, segundo o Fórum das Famílias.
Liri Albag, 19
Liri Albag foi feita refém apenas um dia e meio depois de iniciar seu serviço militar, informou a mídia israelense. Ela tinha 18 anos quando foi sequestrada.
Conforme relatado pelo “The Jerusalem Post” em julho, ela conseguiu passar mensagens para familiares por meio de reféns libertados, nas quais pediu à sua irmã Shai que não cancelasse a viagem tradicional após o serviço militar, uma tradição israelense, e que não mexesse em seus sapatos preferidos.
Segundo depoimentos de ex-reféns, Liri foi obrigada a cozinhar, limpar e cuidar dos filhos de seus sequestradores. Ela apareceu neste mês em um vídeo de mais de 3 minutos divulgado pelo Hamas apelando por sua libertação.
Os pais de Liri, Shira y Eli Albag, são muito ativos na mobilização para pedir a libertação dos reféns.
Karina Ariev, 20
Pouco antes de ser levada, Karina Ariev conseguiu falar brevemente com seus pais e enviou uma mensagem de despedida à família, informou a mídia israelense.
Uma foto dela em cativeiro divulgada pelo Hamas a mostrou com a cabeça enfaixada com o que pareciam ser manchas de sangue.
O vídeo do sequestro mostra que a jovem ficou ferida na ação de 7 de outubro. Em janeiro de 2024, ela apareceu em um vídeo publicado pelo Hamas na rede social Telegram, ao lado de Daniella Gilboa.
Segundo o Fórum de Famílias de Reféns, Karina “sonha em ser psicóloga”.
A cadeia produtiva de frutos florestais e seus derivados já possui diretrizes que garantem o manejo sustentável desses recursos no Estado do Amazonas. A...
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), participa, na segunda-feira (27), do Seminário Desafios da...