O porta-voz do Al Qassam (o braço armado do Hamas), Abo Obaida, em vídeo divulgado pelo grupo extremista no Telegram - Foto: Reprodução de vídeo / Telegram / @qbrigades

O Hamas informou hoje que concordou em libertar dez reféns para alcançar um cessar-fogo em Gaza.

Grupo também afirmou que negociações para uma trégua são difíceis devido à “intransigência” de Israel. Tentativas de acordo por cessar-fogo têm vários pontos de atrito, incluindo o fluxo de ajuda, a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e “garantias genuínas” para um cessar-fogo permanente, segundo o Hamas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acredita que há condições para avanço na libertação dos reféns. “Falamos de um cessar-fogo de 60 dias, no qual metade dos reféns vivos e a outra metade dos reféns mortos seriam entregues a Israel por esses monstros do Hamas”, declarou Netanyahu em uma entrevista à FOX Business Network.

“E sim, acredito que estamos próximos de um acordo. Acredito que há muitas possibilidades de que o consigamos”, disse o mandatário israelense, que na segunda-feira e na terça-feira se reuniu com o presidente americano, Donald Trump, em Washington.

Hamas não deu detalhes de quais reféns seriam liberados. Durante o ataque do grupo extremista no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra, eles sequestraram 251 pessoas. Dessas, 49 continuam na Faixa de Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelense.

O chanceler israelense, Gideon Saar, disse hoje que “Israel está decidido a alcançar um acordo sobre os reféns e um cessar-fogo”. “Acredito que isso seja viável. Se for alcançado um cessar-fogo temporário, negociaremos um cessar-fogo permanente”, declarou Saar.

Ataque do Hamas matou 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis. Os dados são da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Pelo menos 57.338 palestinos foram mortos na ofensiva israelense em Gaza, a maioria civis, de acordo com o ministério da saúde do território governado pelo Hamas, estatísticas que a ONU considera confiáveis.

*Com informações de Uol