O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), tem enfrentado dificuldades nos últimos dias envolvendo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o mercado financeiro.
No início de seu mandato, Haddad desfrutava de grande prestígio entre parlamentares, empresários e a imprensa. No entanto, recentemente, surgiram questionamentos sobre sua influência e força dentro do governo.
A disparada do dólar e a queda da bolsa estão diretamente relacionadas à manutenção das altas taxas de juros básicas, situadas entre 5,25% e 5,50% ao ano. As declarações do presidente Lula, na última quarta-feira (12), sobre o mercado financeiro, também causaram preocupação entre os investidores.
Além disso, a mudança no arcabouço fiscal, o fracasso da medida provisória do PIS/Cofins, as alterações na Petrobras e a possível saída de Campos Neto da presidência do Banco Central, o que poderia alterar a política da entidade em relação à taxa Selic, são temas que têm agitado o mercado financeiro.
Inicialmente, Haddad era visto como um ministro com grande capacidade de convencer Lula da importância de investir no social sem perder a responsabilidade fiscal.
Atualmente, os investidores acreditam que, apesar da boa vontade de Haddad, seus planos podem não avançar devido à intenção do governo de mudar a rota econômica, e o ministro da Fazenda não tem conseguido impor sua visão.
Alguns questionaram se o ministro permaneceria no governo, mas essa especulação foi rapidamente negada por assessores do governo, conforme apurou o Portal iG – Último Segundo. Segundo esses assessores, Haddad só deixará a pasta se desejar, e não há nenhum indício de que isso ocorrerá.
Haddad defenderá seu plano de trabalho
O petista tem insistido na necessidade de o governo reagir para manter o controle do dólar e da bolsa, pois a instabilidade pode trazer grandes prejuízos aos mais pobres.
Apesar de ainda ser respeitado pelo mercado financeiro e ter bom relacionamento com os parlamentares, Haddad enfrenta pressão para ser mais ouvido por Lula. Se antes o sinal era amarelo, agora está vermelho, e o ministro pretende agir para enfrentar os desafios.
Um Projeto de Lei (PL) que tramita na Câmara Municipal de Manaus (CMM) pode estabelecer cobrança diferenciada para motocicletas em estacionamentos privados da capital....