
Paulo Guedes, ministro da Economia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), não foi contemplado com um retrato na galeria oficial de ex-ministros do Ministério da Fazenda.
As fotos dos ex-ministros ficam na sala do CMN (Conselho Monetário Nacional), no 6º andar do prédio da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios.
A última é de Eduardo Guardia, que era secretário-executivo do então ministro Henrique Meirelles e assumiu o comando da pasta em abril de 2018, após o antigo chefe deixar o cargo para disputar a presidência da República. Guardia ficou até o fim do governo Temer e morreu em abril de 2022.
Já Guedes foi, de 2019 a 2022, titular de um superministério, que reuniu sob seu comando as pastas da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Indústria, do Trabalho e da Previdência. Depois, ele ainda incorporou a secretaria do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), voltada a concessões de infraestrutura. Em 2021, Bolsonaro desmembrou parcialmente o ministério e recriou a pasta do Trabalho e Previdência.
No governo Lula, o Ministério da Economia foi ainda mais desmembrado e foram recriados Fazenda, Planejamento e Indústria. Lula também criou na área econômica o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sob o comando da ministra Esther Dweck.
É na sala do CMN que os ministros da Fazenda comandam reuniões ampliadas, quando há um número maior de participantes, e onde decisões históricas de política econômica brasileira foram acertadas. O acesso ao local não é permitido para visitantes.
Na última sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu na sala do CMN jornalistas que escrevem sobre a pasta para um café de fim de ano e uma entrevista coletiva para comentar os últimos acontecimentos da agenda econômica.
A Fazenda não explicou a razão da ausência da foto de Guedes na galeria. Procurado pela Folha, Guedes não respondeu à reportagem.
