O governo Lula enfrenta uma crescente preocupação em relação à influência do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado Federal. A insatisfação entre os parlamentares da base governista, devido a promessas não cumpridas pelo Palácio do Planalto, tem gerado tensões e criado desafios para a gestão petista na segunda metade deste ano.
Se o primeiro semestre foi marcado por uma lua-de-mel entre o governo e o Senado, o cenário se tornou mais frio nos últimos meses. Agora, há o temor de que, se as promessas feitas ao Congresso Nacional não forem cumpridas, o Planalto enfrentará maior dificuldade para aprovar projetos em 2024.
O senador Davi Alcolumbre busca se posicionar como o sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado. Alcolumbre tem demonstrado fidelidade na defesa dos interesses dos senadores da base governista, ocupando a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a comissão mais relevante da Casa.
Na condição de presidente da CCJ, Alcolumbre exerce um papel importante ao facilitar ou dificultar a tramitação dos projetos do governo no Senado. Recentemente, atrasou em um mês as sabatinas dos indicados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), demonstrando seu poder de influência sobre as pautas.
Alcolumbre é frequentemente considerado a “temperatura do Senado”: quando as pautas fluem sem obstáculos na CCJ, isso indica satisfação entre os senadores. No entanto, a demora nas análises sinaliza desconforto entre os parlamentares.
O senador alertou articuladores do governo e o próprio presidente Lula sobre a necessidade de um maior envolvimento nas negociações com os senadores.
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