Em meio ao alastramento do fogo em regiões do Pantanal, o Governo Federal autorizou a liberação de R$ 100 milhões para ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A medida visa o combate aos incêndios que atingem o bioma.
Desde o dia 24 de junho as cidades atingidas pelo fogo estão em estado de emergência. Pouco depois da publicação do decreto pelo estado do Mato Grosso do Sul, as ministras do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do Meio Ambiente, Marina Silva, foram a Corumbá (MS), município considerado a capital do Pantanal, que foi um dos mais afetados pelo fogo.
Durante a visita, Tebet declarou que o que aconteceu no Pantanal “não foi por omissão ou falta de planejamento do governo federal ou estadual, e também não foi por falta de recursos”. A definição de verba foi decidida na segunda passada, durante uma sala de situação acionada pelo governo para definir medidas de emergência para o combate ao fogo no bioma.
No entanto, a liberação de recursos não foi a única deliberação da União. Ainda foi definido o envio de mais brigadistas e de agentes da Força Nacional para as ações de combate e a visita de uma comitiva ministerial.
Segundo a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a visita tem como objetivo conhecer a realidade local, entregar equipamentos, aeronaves e conduzir equipes de brigadistas que atuarão no território. Os ministros também devem se reunir com autoridades e representantes da sociedade.
Atualmente, a operação no Pantanal conta com a presença de 175 brigadistas do Ibama, 40 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e 53 combatentes da Marinha. Depois das novas medidas instituídas pelo governo, 50 novos brigadistas do Ibama e 60 agentes da Força Nacional deverão reforçar o esquema.
Nesta terça-feira, 2, o balanço do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta cerca de 4.411 focos de calor em todo o Mato Grosso do Sul apenas neste ano. Nas últimas 48 horas, foram 111 ocorrências registradas.
Uma nota técnica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ) mostra ainda que, entre 1º de janeiro e 23 de junho de 2024, a área queimada no bioma alcançou 627 mil hectares, ultrapassando em 142,9% os 258 mil hectares queimados em 2020.
Alguns dos motivos, de acordo com a Lasa-URJ, seriam as temperaturas elevadas e a seca extrema e persistente do último ano. As circunstâncias teriam elevado o acúmulo de material combustível em toda a região do Pantanal. Outra causa seria a ação humana.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado neste sábado, 23/11, tem o objetivo de promover informação e ampliar a conscientização sobre o...