Entre ações antecipadas para o enfrentamento da cheia e vazante está a dragagem dos rios para início de maio - Foto: Bruno Leão / Sedecti

Em reunião sobre previsões e orientações com representantes da indústria, comércio e serviços, realizada no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no Distrito Industrial, nesta quarta-feira (31/01), o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e Defesa Civil, anunciou, ações antecipadas para o enfrentamento da cheia e vazante, fenômenos agravados pelos efeitos da crise climática global, como a dragagem dos rios para início de maio, além de outros diálogos que estão sendo feitos com o governo federal.

“A conversa que o governador Wilson Lima teve com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, quando ele ia à Guatemala, foi no sentido que a dragagem é o mecanismo que nós dispomos agora para evitar um mal maior que porventura venha acontecer em 2024”, destacou o titular da Sedecti, Serafim Corrêa. E acrescentou que o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, foi convidado para estar em Manaus, no dia 28 de fevereiro, para dialogar com o Amazonas, durante a reunião de aniversário de 57 anos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

De acordo com Serafim, o Governo do Amazonas saiu na frente em poder se planejar quanto aos efeitos econômicos decorrentes da cheia e vazante, e dessa forma se planejar e traçar estratégias para garantir a produtividade no comércio, indústria e serviços.

“A informação é tudo. E temos a obrigação de compartilhar com os empresários, a indústria, o comércio e serviços, no sentido de que todos juntos possamos nos prevenir e tomar medidas. O poder público de um lado vai agir, mas de outro lado os empresários precisam ter as informações para tomarem as medidas que acharem mais convenientes para que não haja solução de continuidade de seus negócios”, declarou Corrêa.

Durante o evento, o secretário da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo, apresentou um balanço da estiagem de 2023, as ações realizadas pelo Governo do Amazonas no ano passado e os prognósticos com previsões para este ano.

“Basicamente, tratamos sobre o repasse de informações no tocante aos prognósticos, que trazem essa previsão para este ano de uma estiagem severa. E seguindo a determinação do governador Wilson Lima, de trabalharmos de forma bastante antecipada e planejada, buscamos as lições aprendidas do ano passado para que nós possamos aprimorar o planejamento e, por meio dele, minimizar os impactos que esse desastre da estiagem pode trazer novamente este ano, não só pensando na questão econômica, não é só isso que está em evidência, mas sim a questão social”, ponderou.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, agradeceu a iniciativa do governo estadual por ser um evento positivo não só para o lado empresarial, mas também para a indústria, comércio e serviço, e destacou que o planejamento da indústria vai ser redobrado para este ano.

“As empresas sempre procuraram se precaver, você viu que não houve redução, elas anteciparam até as férias coletivas para que não houvesse desemprego, não houve desemprego. Então, agora, se neste ano nós tivermos problema, com certeza muito mais já vão estar prevenidas”, diz Azevedo.

Foto: Bruno Leão / Sedecti

O presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), Aderson Frota, enalteceu a iniciativa do Governo do Estado, que na avaliação dele, criou oportunidade para reunir pessoas que tenham envolvimento com a problemática e, dessa forma, sacar soluções pertinentes.

“Essa reunião coloca em evidência a necessidade de fazer um planejamento, reunir todas as entidades e empresários que estão envolvidos nesse projeto de abastecimento e transporte para podermos delinear uma solução. Eu acho que nós, que temos uma dificuldade logística muito forte, com custos muito elevados, precisamos reunir todas as forças, todas as pessoas que têm envolvência nesse quesito para que a gente possa dar uma solução pertinente”, afirmou.

Participaram do evento também, representantes do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Sindicato das Empresas de Navegação do Amazonas (Sindarma), Suframa, Associação Comercial do Amazonas (ACA), Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Câmara de Comércio e Indústria Nipo-brasileira do Amazonas, Câmara de Dirigentes Lojista de Manaus (CDL Manaus), Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees/AM), Honda, Correios, Conselho Regional de Economia Amazonas (Corecon-AM) e outros.