
O governo Lula fará, a partir de hoje sexta-feira (2), uma operação para expulsar garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, no sul do estado do Pará.
A duração prevista da desintrusão, como é chamada a retirada de invasores do território tradicional, é de 90 dias. A ação do governo federal atende a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que ordena, desde o governo Jair Bolsonaro (PL), essa retirada.
O garimpo é ilegal dentro dos territórios. A região também enfrenta problemas com outras atividades criminosas como grilagem de terras, pecuária irregular e extração ilegal de madeira.
Além disso, cerca de 274 hectares de mata nativa já foram destruídos pela mineração ilegal.
A operação que começa nesta semana está sendo coordenada pela Casa Civil da Presidência e pelo Ministério dos Povos Indígenas. Ao menos 20 órgãos deverão participar incluindo Funai, Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Abin.
O governo afirma que está em contato com as comunidades indígenas da região para informar sobre o andamento da operação e sobre quais atividades serão realizadas.
Entre as ações, está prevista a fiscalização, destruição de máquinas utilizadas no garimpo, varredura do território e monitoramento aéreo.
De acordo com Nilton Tubino, assessor da Casa Civil e coordenador da operação, também serão montadas bases estratégicas permanentes, com a presença de agentes da Força Nacional, para evitar que os garimpeiros retornem após a expulsão.
