Cerimônia, que acontecerá na Abadia de Westminster, deve contar com a presença de líderes mundiais. (Foto: Chris Jackson/Pool via Reuters)

O funeral da rainha britânica Elizabeth 2ª, que morreu nesta semana após 70 anos de reinado, será realizado na segunda-feira, 19 de setembro, às 10h no horário local (6h pelo horário de Brasília), informou neste sábado (10) uma autoridade sênior inglesa que está encarregada das ocasiões do Estado.

O caixão será levado do Castelo de Balmoral para Edimburgo no próximo domingo (11), antes de ser transportado para Londres na terça-feira (12). Posteriormente, ficará exposto no Westminster Hall de quarta-feira (15) até a manhã do funeral, que acontecerá na Abadia de Westminster, em Londres.

“Cumpriremos nosso dever nos próximos dias com o coração partido, mas também com a mais firme determinação de garantir uma despedida adequada a uma das figuras definidoras de nossos tempos”, disse o conde marechal, Edward Fitzalan-Howard, o duque de Norfolk.

A cerimônia deve contar com a presença de líderes mundiais e o rei Charles 3° declarou que a data será feriado nacional.

O corpo de Elizabeth 2ª atualmente está em um caixão de carvalho coberto com o estandarte real da Escócia e uma coroa de flores, no salão de bailes do Castelo de Balmoral.

O Reino Unido se prepara para a “maior operação policial e de proteção” de sua história por ocasião do funeral da rainha Elizabeth 2ª.

A polícia está se preparando para garantir a segurança dos presentes, incluindo reis e líderes políticos mundiais. Milhões de pessoas são esperadas em Londres para o primeiro funeral de Estado realizado desde 1965, quando faleceu Winston Churchill, primeiro-ministro britânico que governou o país durante a Segunda Guerra Mundial.

Marcado oficialmente para 19 de setembro, a cerimônia acontecerá na Abadia de Westminster, no coração da capital, às 11h (07h00, em Brasília).

Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior desde sua chegada ao trono do Crisântemo em 2019, segundo a imprensa.

“Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou”, declarou Nick Aldworth, ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.

“É preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes”, acrescentou.

Aldworth observou que os próximos dias após a morte da rainha ocorrerão em um “mundo de ameaças muito diferente” em comparação com os funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e o da princesa Diana cinco anos antes.

O Reino Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres, Manchester e em outras cidades.

Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em ‘substancial’, no centro de uma classificação de cinco níveis que variam do ‘baixo’ ao ‘crítico’.

A Polícia Metropolitana de Londres disse na sexta-feira que já começou a traçar planos “bem ensaiados” para o período de luto nacional, que culminará no funeral da monarca mais longeva.

“Vamos manter as pessoas seguras com patrulhas altamente visíveis em Londres” em “lugares chave”, como centros de transporte, parques e ao redor de residências reais, afirmou.

O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que “o plano policial abrangente” seria mais visível em Westminster, onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.

A polícia britância já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em 2021 em Glasglow, e os Jogo Olímpicos de Londres de 2012.

*Com AFP e Reuters