Brigada de incêndios Prevfogo Ibama - Foto: Divulgação

A Amazônia, uma das maiores biodiversidades do planeta, enfrenta um período crítico de ameaças. Condições climáticas desfavoráveis, com o El Niño e as mudanças climáticas, agravam a estiagem que atinge a região Norte. Seca e altas temperaturas aumentam a possibilidade de incêndios que podem se alastrar rapidamente.

O governo federal, por meio do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) atua com 3.400 brigadistas para enfrentar incêndios florestais em todo o país. Eles desempenham um papel crucial na preservação das florestas e com grande dedicação protegem a inestimável riqueza da Amazônia através de ações de prevenção e combate a incêndios florestais.

O coração da estratégia do Governo Federal está no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) que estabelece a meta de desmatamento zero até 2030. Com quatro eixos fundamentais, esse plano abrange atividades produtivas sustentáveis, monitoramento e controle ambiental, ordenamento fundiário e territorial, além de instrumentos normativos e econômicos. É uma ação coordenada que busca atacar as causas profundas dos desmatamentos e suas consequências, como os incêndios florestais. Você pode saber mais clicando aqui .

O Governo Federal realiza a campanha publicitária de utilidade pública, “Amazônia Sem Incêndios”, nos estados da Amazônia legal, uma ação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), com o objetivo de contribuir para a redução dos incêndios florestais.

A campanha divulga diariamente informações necessárias e convoca agricultores, ribeirinhos e a sociedade civil a se unirem também em prol da preservação do bioma Amazônia, sensibilizando sobre o aumento do risco de incêndios florestais, sobretudo devido ao intenso desmatamento ocorrido nos últimos anos que aumentou o material vegetal seco (combustível) disponível.

A ação da brigada de incêndio

Uma peça fundamental desse esforço, sem dúvidas, é a brigada de incêndio. Muitas vezes vemos esses profissionais em ação combatendo as chamas, mas eles fazem muito mais. Durante todo o ano eles se dedicam à conscientização da sociedade com ações educativas de prevenção, orientando sobre como só fazer queimadas controladas, recuperar a vegetação e adotar alternativas sustentáveis ao uso do fogo.

Neste momento crítico, não realize queimadas e, quem avistar um incêndio, não deve hesitar em chamar a brigada mais próxima ou discar 193. A ação rápida pode salvar o futuro da Amazônia. Só para se ter noção, de acordo com o ICMBio, o Bioma Amazônico abriga cerca de 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos e 1.300 espécies de aves.

Durante anos, Seu Napoleão, conhecido como Napó, utilizou o fogo para preparar o terreno antes de plantar. No entanto, orientado pelos brigadistas do Prevfogo/Ibama, ele fez uma importante mudança em sua prática agrícola, substituindo as queimadas por um sistema agroflorestal. Esse sistema se baseia em três tipos de cadeias produtivas: a plantação de açaí, a produção de óleo de andiroba e a criação de peixes. E os resultados dessa transformação não demoraram a aparecer. Hoje, além de açaí e andiroba, ele também produz mel, graviola, bacabi, ingá, jatobá, pimenta, feijão-anju, batata-doce e outras leguminosas – e cria galinhas e porcos. Graças a essas mudanças, a propriedade de Seu Napoleão se tornou um exemplo e referência para outros agricultores na região.

Já o sítio de Dona Ana, localizado próximo a um igarapé, há oito anos também recebeu um grande apoio do Prevfogo/Ibama, que lhe forneceu mais de 1.000 mudas de árvores. Essa ajuda significou uma mudança substancial na vida de sua família. E com orientação dos brigadistas, Dona Ana iniciou um processo de reflorestamento e implantou um sistema agroflorestal com base em três tipos de cadeias produtivas: a produção de óleo de andiroba, a plantação de açaí e a criação de peixes. Em pouco tempo, ela conseguiu ampliar suas fontes de renda e, ao mesmo tempo, contribuir para o reflorestamento e a proteção da biodiversidade. Seu sítio agora é considerado um exemplo em sua região quando se trata de práticas sustentáveis de agricultura e preservação ambiental.

Colaboração da sociedade

Neste período crítico, o Governo Federal ressalta ainda a importância da colaboração da população para evitar qualquer tipo de queimada. Tais esforços não apenas preservam a biodiversidade e a beleza da Amazônia, eles ajudam a manter nossa economia saudável, protegem povos indígenas e comunidades tradicionais e, o mais importante: salvam vidas.

E para colaborar também é importante se informar para ser parte da solução. No site “ gov.br/amazoniasemincendios ” o cidadão encontra mais detalhes sobre as ações promovidas pelo Governo Federal. Também é possível ligar para o número gratuito “0800 061 8080” sempre que necessário.

*Com informações de IG