Foto: Michell Mello / Fiocruz Amazônia Revista

O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) é uma das 16 instituições que integram a Rede Brasil Saúde e Clima, fórum formado por instituições públicas e entidades da sociedade civil, academia e governo, com o objetivo de debater e propor soluções para os impactos das mudanças climáticas na saúde pública no Brasil. A Rede será lançada nesta terça-feira (11), às 15h, na Embaixada dos Povos, durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém (PA).

“A Fiocruz, em especial a Fiocruz Amazônia, tem participado diretamente do processo de construção dessa rede nacional, que funcionará como uma comunidade de práticas colaborativas”, afirma o pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz Amazônia, Rodrigo Tobias, que estará no lançamento junto com a comitiva da Fiocruz Amazônia na COP 30.

“A Rede Saúde e Clima atuará na defesa da tese de que a crise climática é também uma crise de saúde pública, sobretudo do ponto de vista dos direitos humanos e dos direitos da natureza. Ela nasce como uma comunidade de prática colaborativa, plural e nacional, que atua de forma coesa e politicamente incidente. Somos um espaço que conecta conhecimento científico, saberes transdisciplinares, intergeracionais e participativos, fortalecendo a ação coletiva para prevenir e enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde”, enfatiza Tobias.

O pesquisador reforça que o objetivo é fortalecer a ação coletiva de enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas na saúde, utilizando a expertise da Fiocruz por meio da conexão entre seus projetos de pesquisa e os saberes interdisciplinares. “A Rede vai fortalecer a articulação de várias vozes com base na ciência e sobretudo no conhecimento tradicional para que que possa promover então a justiça socioambiental e climática”, observa, acrescentando que a Rede será formada por instituições regionais, nacionais e internacionais, tendo como parceiros organizações da sociedade civil, movimentos sociais e, também, de coletivos territoriais.

“Diversas instituições importantes participam dessa Rede, incluindo a Fiocruz, Abrasco, Uma Concertação pela Amazônia, Associação Beiradeiro, Instituto Mamirauá, Instituto Árvores Vivas, Médicos Sem Fronteiras, neste caso membro observador, que, por natureza, se posiciona institucionalmente, sem exercer função deliberativa dentro do coletivo”, destacou Rodrigo, salientando a relevância da Rede no pós-COP.

“Entendemos que podemos desenvolver um conjunto de ações integradas sobretudo com base nos territórios, promovendo debates sobre a temática e subsidiando o processo de tomada de decisão dos gestores no campo da saúde pública com base em evidências e narrativas das comunidades”. Entre as atividades principais da Rede Saúde e Clima estão: advocacia e incidência política, conscientização e mobilização social, desenvolvimento de políticas públicas e integração de conhecimentos.

Com informações da Fiocruz Amazônia