Fim de ano eleva uso de suplementos para foco: saiba como escolher com segurança

A correria do fim de ano, marcada por provas finais, fechamento de metas no trabalho e longas jornadas de estudo ou expediente, costuma exigir mais do corpo e aumentar a sensação de cansaço. Por conta disso, crescem as buscas por estimulantes que prometem mais energia e foco, a exemplo do café, alimento mais consumido do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em meio a essa rotina intensa, manter hábitos saudáveis – como sono de qualidade, boa alimentação e prática regular de exercícios físicos – nem sempre é possível. Nesses momentos, os suplementos vitamínicos surgem como uma alternativa. Produtos à base de cafeína, ômega-3, vitaminas do complexo B, L-teanina ou polivitamínicos estão entre os mais procurados para dar um up na disposição.

Apesar da popularidade, especialistas alertam que a escolha deve ser individualizada. “O suplemento certo varia de acordo com a condição de cada paciente. Não existe fórmula única. O que funciona para um pode não ser indicado para outro”, explica o supervisor farmacêutico da rede Santo Remédio, Jhonata Vasconcelos.

Energia e foco

Entre os suplementos mais populares está a cafeína, conhecida pelo efeito estimulante imediato no sistema nervoso central. Seu consumo pode melhorar o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga, mas o excesso traz riscos. A Anvisa alerta que doses elevadas podem desencadear agitação, tremores e problemas de sono.

Outro produto bastante procurado é o ômega-3, um ácido graxo essencial com potencial de auxiliar na saúde cerebral. Estudos recentes apontam que ele pode colaborar com a manutenção da memória e da cognição, além de apresentar efeitos anti-inflamatórios. Embora tenha menor impacto imediato do que a cafeína, o ômega-3 se destaca pelos benefícios de médio e longo prazo.

As vitaminas do complexo B também figuram entre as opções. Elas participam de processos metabólicos ligados à produção de energia e à função cerebral. Sua deficiência está associada a fadiga, irritabilidade e queda de desempenho mental. Já a L-teanina, aminoácido presente no chá verde, é lembrada pelo efeito calmante, que pode reduzir o estresse sem causar sonolência.

Também é possível encontrar no mercado os polivitamínicos, que incluem uma combinação de vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo, como as vitaminas B12 e D, e os minerais cálcio e ferro. É comum que esses produtos sejam divididos entre versões para homens, que auxiliam no desempenho em atividades físicas, e para mulheres, que fortalecem cabelo e unhas. Em ambos os casos, há melhora na imunidade e na disposição geral.

Cuidados necessários

A ampla oferta no mercado e a divulgação em redes sociais fazem com que muitos consumidores comprem por impulso ou por indicação informal. O uso sem orientação, no entanto, pode comprometer a saúde. “O uso sem acompanhamento pode resultar em reações adversas ou até em prejuízos para quem já faz tratamento com outros medicamentos”, alerta Vasconcelos.

Ele explica que, em vez de seguir modismos ou recomendações genéricas, é importante considerar o histórico de saúde, queixas e necessidades de cada pessoa. Nesses casos, o atendimento profissional faz diferença, ajudando a evitar escolhas inadequadas — como a combinação de estimulantes desnecessários ou o consumo em doses acima do recomendado. “Com uma boa escuta, é possível indicar o produto que realmente pode ajudar, com segurança e responsabilidade”, reforça o farmacêutico.

Com informações da assessoria