Festival Raízes da Minha Terra reúne arte e cultura de migrantes no bairro Tarumã-Açu

Gastronomia, danças típicas e artesanato produzidos por migrantes e refugiados promovem um grande encontro entre povos de diversos países no Festival Raízes da Minha Terra, no próximo sábado (29), das 15h às 20h, na Igreja de Santo Expedito, no Tarumã-Açu, com entrada gratuita.

A iniciativa é da Pastoral dos Migrantes da Arquidiocese de Manaus, que criou o festival há três anos para comemorar a Semana do Migrante na capital, com atividades de incentivo à socialização e ao reconhecimento pela contribuição social que cada população oferece nos processos de convivência na cidade.

A Semana do Migrante e do Refugiado assumiu tamanha importância no Brasil que se tornou lei em 2023, sancionada pelo presidente da República em exercício na época, Geraldo Alckmin, após 39 anos de celebração em diversos estados do país.

Emprego e renda

Em um dos principais eixos do festival, 21 empreededoras apresentarão seu trabalho na gastronomia típica venezuelana e de outros países homenageados. São barracas típicas com diversos pratos disponíveis a preços populares.

Outra atração dessas empreendedoras são as barracas de artesanato, geralmente comandadas por mulheres que participam de cursos ofertados pela própria Pastoral dos Migrantes para criar oportunidade de trabalho e renda para as famílias que em sua maioria, são chefiadas por mulheres.

Segundo Javier Rojas, vice-coordenador da Pastoral dos Migrantes, são muitas mulheres que chegam ao Brasil, em especial a Manaus, sem especialização em qualquer atividade. “Elas trazem a coragem e a determinação para cuidar dos filhos, mas encontram muitas dificuldades. Por isso trabalhamos muito para oferecer oportunidades com cursos em diferentes áreas para que as mulheres possam ganhar o seu próprio dinheiro para viver com a dignidade que elas merecem”.

O Festival Raízes da Minha Terra acontece no próximo sábado (29), das 15 às 20 horas, na Igreja de Santo Expedito, Rua Riacho Fundo, 614, no bairro Tarumã-Açú. A entrada é gratuita.

Por Márcia Costa Rosa