Muitos estudos, mundo afora, já comprovaram que a conexão com a natureza pode melhorar dores físicas e emocionais. Agora um desses trabalhos, realizado aqui no Brasil, quer avaliar o impacto de fotos de animais, plantas e cenários naturais no bem estar de pessoas em tratamento de saúde. A pesquisa faz parte do projeto “E-Natureza”, e foi desenvolvido por um grupo de biólogos e profissionais da saúde, em parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com uma das idealizadoras do projeto, Lis Leão, pacientes em tratamento de câncer, que estão passando por procedimentos mais invasivos, como de quimioterapia, participaram do estudo.
“Como os pacientes internados são privados do contato com ambientes naturais, acreditamos que seria possível melhorar sua experiência no hospital a partir da contemplação dessas imagens de natureza, oferecendo um atendimento mais humanizado para essas pessoas”, conta uma das idealizadoras do projeto, Lis Leão.
As fotos são mostradas no computador. Foram selecionadas mais de 400 images, divididas em categorias: “paz e tranquilidade”, beleza, abstratas, entre outras. “As pessoas tinham que admirar e definir em uma palavra o sentimento que elas tinham quando observavam essas fotos”, explica Lis Leão.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o resultado tem surpreendido em vários pontos. E se mostrou eficiente para melhorar sintomas físicos e emocionais, como a própria depressão.
“A gente tinha uma hipótese que quando pessoas com quadros de ansiedade olhassem fotos do segmento de paz e tranquilidade, isso ajudaria a acalmar a pessoa. Mas nada aconteceu. Já o grupo de beleza, que envolvia aves bem coloridas por exemplo, foi o que mais se destacou. Vários pacientes relataram que esse contato diminuiu a fadiga, a ansiedade, as dores, entre outros sintomas”, explica.
Próximos passos
A intenção dos pesquisadores é ampliar os estudos e analisar, inclusive, os reflexos na saúde do contato direto das pessoas com os ambientes naturais. “Agora em 2022 existem vários projetos em andamento. Então, a ideia é justamente ir além nessa pesquisa que pode ser muito promissora”, finaliza ela.
*Com informações do Terra da Gente