Bugio-ruivo com a classificação de vulnerável, segundo o ICMBio - Foto: ICMBio / Fernanda Tabacow

Por volta de 1760, a espécie de macaco bugio-ruivo foi considerada extinta em Florianópolis (SC). Agora, mais de 260 anos depois, o primata poderá ser avistado novamente na Ilha de Santa Catarina, região que compreende à maior parte da capital catarinense. O bugio-ruivo será reintroduzido na natureza local através de um projeto do Programa Silvestres SC.

O anúncio da reintrodução foi feito pelo perfil do programa em uma rede social, que também abriu espaço para que a população tire dúvidas sobre este processo.

Para a soltura dos animais, está ocorrendo atividades de conscientização da comunidade, onde os participantes do projeto visitam residências e explicam sobre a importância desse animal.

“Após a soltura, contamos com a população através do Ciência Cidadã, onde as pessoas nos ajudam com informações, caso ouçam ou avistem esses animais. Pode ser vídeo, pode ser foto, contando seu relato. Isso nos ajuda a monitorar essa espécie, isso integra a população ao projeto, gerando conhecimento científico”, explica Edna Hawerroth, integrante do programa.

Ainda segundo a equipe, os bugios-ruivos não representam uma ameaça para outras espécies já existentes na região, já que eles não disputam alimento com os macacos-pregos e os saguis. Os bugios-ruivos são considerados folívoros, com uma alimentação à base de folhas.

Apesar dessa característica que o tornaria mais adaptável, o bugio-ruivo chegou a aparecer, neste ano e em 2022, entre os primatas mais ameaçados do mundo. Segundo participantes do Programa Silvestres SC, o animal seria sensível a doenças, principalmente à febre amarela, o que teria acelerado a sua extinção em Florianopólis.

*Com informações de Terra