Ministra também defendeu que governos sejam “eticamente constrangidos” a agir em casos de aumento do desmatamento
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falou hoje (16), no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Segundo ela, os países devem “liderar por exemplo”, e, no caso do Brasil, combater ao mesmo tempo a destruição do meio ambiente e a desigualdade social.
“Às vezes, a gente pensa que está fazendo o que está falando, porque estamos aqui concordando, e não estamos fazendo nada. Desde que assumi o ministério, também em 2013, falo em liderar pelo exemplo. A política é muito rotativa e as empresas também são assim. Por isso, é importante liderar pelo exemplo”, disse Marina, durante o painel ‘Em Harmonia com a Natureza’.
“Podemos falar coisas legais, mas se nós não reduzirmos o desmatamento, a gente apenas falou. Precisamos fazer isso em dois trilhos: proteger o ambiente e reduzir a desigualdade social”, disse a ministra, lembrando que o Brasil voltou para o Mapa da Fome das Nações Unidas e que dezenas de milhões de brasileiros estão sofrendo com a indigência.
“A sustentabilidade não é só econômica ou ambiental”, mas também “social e política”, sublinhou Marina.
Ela também defendeu que governos sejam “eticamente constrangidos” a agir em casos de aumento do desmatamento.
“Já sabemos o que fazer, temos as técnicas para isso, mas é preciso decisão política”, disse Marina.
A ministra do Meio Ambiente tem participação confirmada em outros dois painéis na terça (17) e quinta-feira (19). Além de Marina, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também representa o governo Lula em Davos.
Com informações do Brasil 247