Foto: Márcia Costa Rosa

O advogado Felix Valois detalha no ‘Artigo de Domingo’ alguns dos principais compromissos que assumiu com Manaus no lançamento de sua campanha a vereador. Enfático, como sempre, defende ações imediatas de arborização, proteção aos igarapés e valorização dos parques de Manaus. Para Valois, muitos dos problemas enfrentados hoje com o clima, incluindo a altíssima temperatura média da cidade e a fumaça que agride moradores de todos os bairros, seriam no mínimo amenizados, se o poder público fizesse o ‘dever de casa’ com políticas públicas ambientais.

Compromissos de campanha (Por Felix Valois)

No próximo ano, deverei completar seis décadas do exercício da advocacia. Neste momento, estou candidato a vereador, em Manaus, concorrendo com o número 13.339. Pus-me, então, a comparar as duas atividades, a atual e a pretendida. Uma obviedade se apresentou: ambas só podem ser exercidas através da palavra, escrita ou oral. O advogado faz sustentação verbal ou encaminha petições. O parlamentar, igualmente, seja de que nível federativo for, discursa na sua casa legislativa ou a ela dirige requerimentos ou propostas.

Essa conclusão evidente me trouxe tranquilidade. É que, admitindo a possibilidade de ser eleito, não terei que mudar muito minha rotina; ela apenas sofrerá adaptação para o novo ambiente, onde já não poderá haver o trato de direitos individuais, porque o coletivo há de sempre prevalecer em um parlamento.

Vai daí que apresento abaixo pontos que podem ser considerados como compromissos de campanha. Assuntos em que sempre se ouvirá minha voz ou se poderá ler minha manifestação escrita. Ei-los:

  • Lugar de criança é na escola. É dever do poder público extinguir o degradante espetáculo de crianças a esmolar nos semáforos.

  • As escolas deverão ter as necessárias condições tecnológicas e seus professores devem ser remunerados com respeito e consideração à importância de seu trabalho.

  • Vivemos literalmente no centro da maior floresta do mundo. Não se admite que Manaus seja uma das cidades menos arborizadas do Brasil. O clima, sem a sombra de árvores, naturalmente esquenta e dificulta a rotina das pessoas. Minha voz se erguerá bem alto para proclamar isso e subirá ainda mais de tom diante de qualquer agressão ao ambiente. Derrubar uma árvore, sem um motivo de relevância insuperável, é um crime de lesa-humanidade.

  • Por que não temos um parque urbano, devidamente arborizado para proporcionar sombra? É preciso valorizar o espaço urbano, dando destinação apropriada a tantos imóveis abandonados. A criação de um parque desse tipo é exigência da infância e da velhice. Ali, as crianças poderão brincar e os velhos, como eu, poderão sentar à sombra e se dedicar à leitura.

  • Os nossos igarapés estão, há muito tempo, clamando por socorro. O que se fez com eles é indescritível para uma sociedade civilizada. Lá estarão minha voz e meu texto a exigir que os nossos cursos d´água sejam tratados com o respeito que merecem, até porque são eles fonte de vida.

  • Manaus nasceu bonita. Mas nada tem sido feito para manter essa beleza. Muito ao contrário: parece haver a deliberada intenção de enfeiar a cidade, seja entupindo-a de lixo, seja não lhe realçando os predicados naturais. Vamos embelezar Manaus, minha gente. Basta colocar nos lugares certos as nossas inúmeras árvores que produzem flores e frutos.

  • Que tal respeitar a cidade? Não foi à toa que escolhi como slogan de campanha a afirmação MANAUS, QUEM AMA, RESPEITA. A cidade em que vivemos merece esse respeito, quando nada porque é dele que vai depender a nossa qualidade de vida e o futuro de todos.

Muito mais há que ser feito e estou pronto para ouvir propostas e sugestões. Mas fica, de qualquer forma, o meu compromisso. Espero vir a ser cobrado.