Com 88% dos votos apurados, o atual presidente tem 27,41% dos votos e sua oponente 24,9%. Espera-se que ainda esta noite quase a totalidade da apuração esteja concluída.
Le Pen, do partido Reagrumpamento Nacional, de extrema direita, está concorrendo pela terceira vez. Durante toda a campanha, ela ficou em segundo lugar, atrás de Macron. A diferença entre os dois, no entanto, diminuiu durante os últimos dias.
Em 2017, quando Macron e Le Pen se enfrentaram no segundo turno, ele teve 66% dos votos, e ela, 34%.
As projeções apontam que desta vez as votações dos dois devem ser mais parecidas. A campanha dela deste ano foi em grande parte uma tentativa de parecer menos radical para agradar uma base maior de eleitores.
Apesar disso, ela ainda insiste em temas como uma campanha política contra as manifestações do islamismo e uma diminuição da imigração para o país.
Macron afirma que sua adversária faz campanha com aquilo que as pessoas temem. “Quando vejo as opiniões da extrema direita, quem quer que seja o candidato, há muitas ligações com teorias da conspiração, e os dois anos da pandemia de Covid-19 tudo e o oposto disso foi dito”, afirmou ele.
Ele diz que as propostas da extrema direita não fazem sentido financeiro e são demagógicas.
Nos últimos dias de campanha, Macron deu entrevistas para tentar promover suas políticas e citou o que fez no primeiro mandato (especialmente seus esforços durante a guerra da Ucrânia, que o teria afastado da campanha).
Mais liberal do que em 2017, Macron quer uma França onde “cada um trabalhe mais”, com uma aposentadoria a partir dos 65 anos, mas promete em troca alcançar o pleno emprego.
O atual presidente de centro promete reduzir os impostos das empresas em 10 bilhões de euros (quase US$ 11 bilhões) se for reeleito, prevê que elas intervenham em sessões de orientação nas escolas de ensino médio e quer, ainda, recompensar os professores por méritos.
Além disso, ele defende uma série de medidas sociais, como permitir aos casais não casados realizar uma declaração conjunta de impostos e aumentar para 1.100 euros o valor mínimo da aposentadoria.
Extrema direita
A candidata do Reagrupamento Nacional (RN, extrema direita), Marine Le Pen, quer frear a imigração, combater o islamismo e aumentar o poder aquisitivo com o objetivo de devolver aos franceses “seu dinheiro” e “seu país”.
Entre os principais pontos de seu programa para a eleição presidencial, que ela pretende adotar graças à emissão de um empréstimo nacional e 68,3 bilhões de euros (cerca de 74,3 bilhões de dólares) de receita, o recrudescimento de penas e obstáculos aos imigrantes, como restabelecer o delito de permanência ilegal de estrangeiros e obrigar os funcionários a denunciarem a presença de clandestinos e reservar as ajudas sociais aos franceses e condicionar as prestações de solidariedade a cinco anos de trabalho.
Sobre o Islamismo, Le Pen pretende, se eleita, proibir a “prática, a manifestação e a difusão pública”, tanto no cinema quanto na imprensa e nas escolas de “ideologias islâmicas” e impedir que as mulheres usem o véu em público.
Com informações do g1/Globo