Eduardo Bolsonaro (PL) está licenciado do cargo de deputado - Foto: Pedro França / Agência Senado
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) disse não acreditar que há uma saída para o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta terça-feira, 25, se torna Bolsonaro réu no caso da tentativa de golpe de Estado. Vale lembrar que ele ainda é investigado no caso das joias e da falsificação dos cartões de vacina.
“Eu já não acredito mais que exista saída, não só para Jair Bolsonaro, mas para todas as pessoas simples que estão sendo condenadas a até 17 anos de cadeia por conta do 8 de Janeiro. Você pode botar o Ruy Barbosa para advogar a favor do Bolsonaro, que ele não vai se livrar de uma condenação”, disse Eduardo Bolsonaro ao podcast Inteligência Ltda nesta segunda-feira, 24.
Eduardo pediu licença do mandato para morar nos Estados Unidos. Um de seus objetivos é convencer autoridades americanas a punirem o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ele chegou a afirmar que terá “100% de disponibilidade para levar as autoridades americanas tudo o que está acontecendo no Brasil”.
“Com isso em mente, eu sigo o exemplo do Trump: ele já sabia desse jogo de cartas marcadas e apostou tudo na política. Levar a voz dele ao maior número de pessoas possível. Se o Bolsonaro perder o capital político dele, já era, o Alexandre de Moraes vai trancafiar ele na cadeia e jogar a chave fora. Ou quando não, ele pode ser vítima de assassinato e vão falar ‘ops, mais um assassinato numa cadeia latino americana’, uma narrativa fácil de se vender mundo afora”, disse o deputado licenciado.
“O meu principal objetivo hoje é brecar um psicopata chamado Alexandre de Moraes”, concluiu.
O julgamento de terça-feira analisará a abertura de ações penais contra oito dos 34 denunciados pela PGR. A denúncia foi fatiada em “núcleos” de julgamento.
O primeiro desses “núcleos” a ser julgado inclui o ex-presidente e políticos próximos a Bolsonaro, além de militares de alta patente. São eles Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).
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