FOTO: REPRODUÇÃO TWITTER NICOLÁS MADURO

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem uma série de reuniões nesta segunda-feira (29) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. O ditador venezuelano retorna ao Brasil após oito anos com a promessa de “desenvolver uma agenda diplomática” para reforçar a união dos países da América do Sul.

Maduro chegou ao Brasil no domingo (28). O ditador venezuelano foi convidado por Lula para participar de uma cúpula com os presidentes dos países da América do Sul, que acontece nesta terça-feira (30) em Brasília.

A princípio, os dois só conversariam na cúpula. Os encontros desta segunda não estavam previstos na agenda oficial de Lula, mas foram confirmados de última hora pelo governo federal. Os presidentes terão duas reuniões no Palácio do Planalto, sendo uma delas reservada, com a participação apenas dos dois.

Também há previsão de que Lula e Maduro assinem acordos bilaterais. Depois, o brasileiro vai oferecer um almoço em homenagem ao ditador e à primeira-dama venezuelana, Cilia Flores de Maduro, no Palácio Itamaraty.

Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Maduro devem tratar de temas das agendas regional, a exemplo da integração sul-americana e da cooperação amazônica, e multilateral, em especial no que se refere aos temas de paz e segurança e mudança do clima. Os dois presidentes também devem conversar sobre as eleições de 2024 que irão ocorrer na Venezuela.

A última vez que Maduro veio ao Brasil tinha sido em 2015. De 2019 a 2022, ele ficou proibido de ingressar no território brasileiro devido a uma portaria assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impedia a entrada de “altos funcionários do regime venezuelano” — o que incluía Maduro e cerca de outros cem integrantes do governo. No fim do mandato, Bolsonaro anulou a portaria.

Pelas redes sociais, Maduro celebrou a viagem ao Brasil. “Agradeço a calorosa acolhida com que fomos recebidos em Brasília, capital da República Federativa do Brasil. Nas próximas horas estaremos desenvolvendo uma agenda diplomática que reforce a necessária união dos povos de nosso continente”, escreveu.

FONTE: R7