Após ser eleito o novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê a oposição no Congresso Nacional diminuir antes mesmo de tomar posse. Partidos do Centrão, que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), têm mostrado disposição de diálogo com o novo governo. Além disso, dirigentes de igrejas evangélicas que difundiram boatos sobre fechamento de templos, prometem orar pelo petista, como no caso de bispo Edir Macedo.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também negocia o respaldo do novo governo para ser reconduzido ao cargo. Ele quer a manutenção do orçamento secreto. Em troca, promete facilitar a vida de Lula em votações de interesse do Planalto, informa o Estadão.
Emissários foram enviados para conversar com Lira, como o deputado Neri Geller (PP-MT), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. Geller se aliou a Lula ainda no primeiro turno, embora a maior parte do agro tenha declarado voto em Bolsonaro.
Vale destacar também que Lula irá se encontrar com Lira na próxima terça-feira, em Brasília. “Queremos discutir as prioridades do novo governo no Congresso. As portas do diálogo estão escancaradas”, disse o deputado José Guimarães (PT-CE), um dos coordenadores da campanha de Lula.
A coligação de apoio a Lula conquistou 121 cadeiras. Pode chegar a 223, se conseguir atrair totalmente MDB, PDT e, ainda, PSD, sigla que também consta dos cálculos do Centrão. O objetivo da equipe petista é construir pontes com a maioria dos partidos e representantes da sociedade civil, isolando apenas a extrema-direita.
*Com informações de Diario do Centro do Mundo