O desmatamento na floresta amazônica caiu 60% em janeiro deste ano, chegando ao décimo mês seguido de queda. O dado foi divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) , nesta quarta-feira (21). De acordo com o levantamento, no período, a área derrubada foi de 79 quilômetros quadrados (km²). No mesmo mês de 2023, chegou a 198 km².
Apesar do número positivo mostrado pelo Imazon, a área desmatada corresponde a 250 campos de futebol por dia e supera o desmatamento registrado em 2016, 2018 e 2018.
Para a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, o país necessita reduzir mais a emissão de gases de efeito estufa, ampliar a fiscalização ambiental e criar áreas protegidas de floresta se quiser alcançar a meta de desmatamento zero até 2030.
Pela série histórica, iniciada em 2008, os anos com maior derrubada foram: janeiro de 2015 com 288 km² e janeiro de 2022, com 261 km².
Por estado
O estudo do Imazon também mostrou em quais estados o desmatamento foi maior em janeiro. As imagens captadas via satélite mostram que Roraima lidera o ranking, com 40% da área derrubada da Amazônia Legal.
De acordo com Larissa, o estado teve regime de chuvas inverso ao dos outros oito estados da região, enfrentando clima mais seco, “que facilita a prática do desmatamento”, diz nota divulgada pelo instituto.
Outro dado revela que seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro ficam em Roraima.
Em relação às unidades de conservação, Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número entre as dez mais desmatadas no mês, sendo três em cada um.