Desemprego cai no Brasil - Foto: Marcello Casal JR. / Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,9% no trimestre encerrado em julho, queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em abril. Esta é a menor taxa para o período desde julho de 2014, quando foi de 7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desemprego caiu 1,2 ponto percentual. Atualmente, o Brasil tem 8,5 milhões de pessoas desocupadas, queda de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Na comparação trimestral, o número de pessoas ocupadas cresceu 1,3% depois de dois trimestres em queda, alcançando 99,3 milhões. Já na comparação anual, a alta foi de 0,7%, a menor dos últimos nove trimestres consecutivos de alta.

“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisa Adriana.

Rendimento dos trabalhadores

O rendimento real habitual ficou em R$ 2.935 no trimestre encerrado em julho, o que representa estabilidade em relação ao trimestre anterior e crescimento de 5,1% no ano.

“Apesar do rendimento ter ficado estável, com o aumento no contingente de pessoas ocupadas, a massa de rendimento cresceu”, observa Adriana. O crescimento citado por ela foi de 2% em relação ao trimestre anterior e de 6,2% no ano.

Subutilização em queda

A Pnad Contínua também revela que houve queda da taxa de subutilização (17,8%) tanto na comparação trimestral (-0,7 ponto percentual) quanto na anual (-3,1 pontos percentuais). Atualmente, o Brasil tem 20,3 milhões de pessoas subutilizadas.

A taxa de subutilização considera o percentual de pessoas desocupadas e subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, além da força de trabalho potencial.

Já a população desalentada (composta por aqueles que querem um trabalho e estão disponíveis, mas não realizaram busca efetiva) ficou em 3,7 milhões de pessoas, número que representa estabilidade na comparação trimestral. No ano, houve queda de 13,4%.

*Com informações de IG