Foto: Danilo Mello

Na Sessão Plenária desta terça-feira (25/6), os deputados manifestaram preocupação com a segurança da navegabilidade dos rios do Amazonas, por conta de um vídeo que circula nas redes sociais de um tiroteio do que seria um confronto entre a polícia e bandidos nos limites dos municípios de Alvarães (a 531 quilômetros de Manaus) e Tefé (a 523 quilômetros de Manaus).

Sobre o caso, o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) sugeriu que o Governo do Amazonas reduzisse a verba de comunicação para aumentar o efetivo da Polícia Militar e Civil no interior e inibir a ação dos piratas.

“Espero que o secretário de Segurança venha a esta Casa falar sobre este problema. Se o Governo do Amazonas tirasse R$ 100 milhões da verba de comunicação e chamasse os concursados das Polícias Militar e Civil, já ajudava na atuação da segurança pública do interior. Precisamos de uma ação urgente, porque se continuar dessa maneira os rios do nosso Estado vão virar a costa da Somália (região assolada por piratas que ameaçam a marinha mercante internacional)”, comparou, mostrando as imagens do tiroteio.

Sobre o caso, Rozenha (PMB) afirmou que a insegurança pode afetar a economia do Estado. “Não dá para não tomarmos uma atitude, isso tem de ser resolvido, sob pena de o homem e a mulher que moram no interior viverem sob constante ameaça. Daqui a pouco, ninguém mais vai querer navegar nas águas do Amazonas e nem fazer negócios no curso dos mais de seis mil quilômetros de rios que temos em nosso Estado. Estão em risco a segurança e a soberania nacional, porque pelo rio Amazonas circula a maior quantidade de entorpecentes do planeta e quem sofre com isso são os moradores que precisam navegar, os empresários do interior que vão ver seus custos logísticos aumentarem”, analisou.

Perseguição

A deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) reprovou o cancelamento, por parte da Prefeitura de Manaus, do arraial do grupo Jungle Runners que deveria acontecer na Ponta Negra no último sábado (22).

“As pessoas da Jungle Runners que organizam eventos para arrecadar fundos para as crianças com deficiência participarem da Corrida São Silvestre foram impedidas de realizar o seu evento com a desculpa de que teria um evento da Secretaria Municipal de Educação (Semed) no mesmo local e horário. E foi constatado que não houve esse evento e não há justificativa para esse cancelamento. Isso é um absurdo, é uma covardia com as crianças que ficaram chorando, com as famílias que fizeram comida para vender nesse evento. A Ponta Negra não é da prefeitura, é do povo do Amazonas”, afirmou, acrescentando que o governador Wilson Lima ofereceu o Centro de Convivência da Família, inclusive com apoio estrutural, para que eles possam fazer este arraial solidário.