Friedrich Merz é favorito para ser o novo chanceler da Alemanha (Foto: Teresa Kroeger / Reuters)
As urnas da eleição da Alemanha abriram às 4h no horário de Brasília (8h no horário local) neste domingo (23). Os alemães vão escolher, em eleições gerais antecipadas, os representantes do Bundestag, o Parlamento alemão, que definirão o próximo chanceler, chefe de governo do país.
Os cerca de 61 milhões de alemães aptos a votar terão até às 14h em Brasília (18h no horário local) para fazer as suas escolhas. Em linhas gerais, os eleitores escolhem um candidato, mas também votam em um partido. Quanto mais votos a legenda receber, mais cadeiras terá no Bundestag.
As últimas pesquisas indicam que o bloco conservador CDU/CSU lidera a disputa, com cerca de 29% das intenções de voto. Em segundo lugar está a Alternativa para a Alemanha (AfD), com 21%.
Já os sociais-democratas (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, estão em terceiro lugar, com 15%. Também aparecem na lista os Verdes, com 13%; A Esquerda, com 8%; e os Democratas Livres (FDP), com 5%.
Para ter representatividade no Parlamento, um partido precisa conseguir pelo menos 5% dos votos.
Com o crescimento da extrema direita, representada pelo partido AfD, especialistas apontam que a formação de uma coalizão governamental será difícil, o que pode ameaçar a estabilidade política do país.
Nos últimos anos, todos os partidos que compõem o Bundestag se recusaram a trabalhar ou formar alianças com a AfD, já que a legenda é investigada por extremismo e acusada de abrigar movimentos neonazistas.
Além disso, a eleição na Alemanha, a maior economia da União Europeia, também pode definir os rumos do bloco e as respostas da Europa a provocações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobre a Ucrânia e as tarifas.
Quem são os candidatos
Friedrich Merz é o favorito para se tornar o próximo chanceler da Alemanha. O veterano político, de 69 anos, e seu partido de centro-direita União Democrata Cristã (CDU) lideram as pesquisas, com cerca de 30% das intenções de voto. O CDU concorre esta eleição em uma coligação formada com o União Social-Cristã (CSU), partido político conservador de orientação democrata cristã do estado da Baviera.
O conservador é do partido da ex-chanceler Angela Merkel, que governou o país entre 2005 e 2021, e é uma rival de longa data do candidato dentro da própria sigla.
O partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) está em segundo lugar nas pesquisas, com 20% das intenções de voto. A candidata, Alice Weidel, também defende políticas anti-imigração. A economista, de 46 anos, diz que o fenômeno da “imigração em massa” precisa ser revertido.
O partido de Olaf Scholz, o Social-Democratas (SPD), de centro-esquerda, está em terceiro lugar nas pesquisas, com 16% das intenções de voto. Apesar do dado, em uma entrevista para a revista alemã Der Spiegel, o atual chanceler disse que tem 60% de chance de se manter no cargo, que ocupa desde 2021. Nas últimas eleições, Scholz venceu dos conservadores por uma pequena margem. Agora, o SPD está muito atrás do CDU/CSU e também do AfD.
O SPD, sob comando de Scholz, tem como foco questões sociais. O partido quer o aumento do salário mínimo e que o custo de vida seja acessível. A sigla também defende que pessoas com renda mais alta paguem mais impostos.
Como é a eleição na Alemanha
Nas eleições alemãs, o eleitor precisa preencher duas cédulas, conhecidas como Erststimme (primeiro voto) e Zweitstimme (segundo voto).
• No primeiro voto, o eleitor escolhe um candidato do distrito em que mora para ser eleito deputado.
• No segundo voto, o eleitor vota em um dos partidos que concorrem às eleições.
Vale ressaltar que o eleitor não é obrigado a votar no mesmo partido nas duas cédulas. Ou seja, é possível escolher um candidato de um partido no primeiro voto e, no segundo, apoiar outra legenda.
Das 630 cadeiras do Bundestag, 299 são ocupadas pelos deputados eleitos diretamente em seus respectivos distritos. As outras 331 são distribuídas proporcionalmente ao número de votos que cada partido recebeu. Ou seja, quanto mais votos um partido obtiver, mais assentos ele terá no Parlamento.
Na distribuição proporcional, os partidos preenchem suas cadeiras com base em uma lista estaduais pré-definidas e registrada junto às autoridades eleitorais antes da votação. Geralmente, essa lista é liderada pelo principal nome do partido, que costuma ser o candidato a chanceler.
Com o Parlamento formado, cada partido irá indicar um nome para a escolha do próximo chanceler e cabe ao presidente alemão escolher um dos candidatos.
Após a escolha do presidente, os parlamentares realizam uma votação interna e secreta para decidir se o nome será aprovado ou não. Se eleito, o chanceler começa a formar o governo.
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