Deborah Secco arrasou na produção dos looks para o 'Tá Na Copa' com um figurino para cada episódio do programa (Foto: Reprodução / Instagram)

Para saber tudo sobre o processo de produção das peças, inspirações e avaliar a repercussão dos looks nas redes sociais, o gshow conversou com a figurinista dos programas esportivos da Globo, Carol Gama, responsável pelo visual da artista, ao lado do stylist Erick Maia.

Movimentando as redes logo na estreia da atração, a figurinista conta como recebeu a repercussão do primeiro look idealizado – com direito à calça cargo e calcinha aparente.

“Começar com o ‘pé na porta’ não foi estratégico, mas elevou a discussão a outro patamar. O look gerou um debate sobre sexualização, machismo e cultura de gênero. O papel dá moda é esse. Hoje, quase um mês depois, a absorção do público já é outra, o que mostra que ele evoluiu e amadureceu.”

Carol ainda revela como funcionou a produção frenética dos visuais de Deborah.

A Copa do Mundo dura quase um mês e o programa ‘Tá na Copa’ é diário. Então esse foi o maior desafio: criar 29 looks apenas com as peças ‘base’ do uniforme e, ainda assim, fazer de todos relevantes.”

O processo de criação

Mas de onde surgiu a ideia de diferenciar os uniformes da artista dos colegas do formato? Gama explica a principal diferenciação entre os guarda-roupas.

“Entendi que não fazia sentido a Deborah usar o mesmo uniforme que as outras jornalistas esportivas, exatamente por ela não ser uma. O uniforme tem um peso, dá credibilidade de análise técnica e esse, definitivamente, não era o lugar dela no programa. Ela estava ali pra entreter, resenhar, ser uma representante do torcedor comum, com um olhar de humor.”

Como ela é uma pessoa muito ligada à moda, a ideia era customizar, incorporar elementos, tendências e truques de styling, ressignificando as peças do uniforme para o universo dela, que é o fashion”, afirma Carol Gama.

Contando que Deborah participou ativamente do processo de criação das peças, a figurinista disse que ela e Erick Maia já começaram a temporada com algumas das produções prontinhas.

“No total, foram mais de dois meses de criação, desde a apresentação do conceito até hoje, último dia de Copa. Criamos os 15 primeiros e os outros foram sendo feitos dia a dia, de acordo com o que a gente julgava ser relevante. Se já tínhamos usado um estilo, buscávamos outro, no próximo.”

Roupas como mensageiras

“A gente tem que se vestir com aquilo que a gente se identifica, independentemente do que os outros pensam. A Deborah não se identificava com o uniforme padrão do Esporte e, por isso, criamos algo para ela, adequado à função que estava exercendo no programa, que era de humor. Ela é artista, atriz, criativa. O uniforme usado por ela nunca poderia ser diferente disso”, reflete Carol.

“Nós já eliminamos o terno e a gravata, há duas Copas, dos narradores e comentaristas, por exemplo. A gente entende que o figurino tem que comunicar o que o esporte é: energia, leveza e casualidade. […] Criar é sempre bom, quebrar barreiras e descobrir novos caminhos é melhor ainda. É reflexo do avanço social”, conclui.

Com informações do Gshow