Deborah Secco - Foto: Reprodução / Instagram

Em seu perfil no instagram, a atriz Deborah Secco mostrou um procedimento para camuflar as olheiras por meio de tatuagem. Mas essa é uma estratégia que funciona realmente? “Neste procedimento o tatuador aplica uma anestesia no local e, em seguida, cobre as olheiras com uma tinta permanente no tom da pele, como se fosse uma base corretiva”, explica o dermatologista Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Mas desaconselho totalmente o tratamento, que apresenta riscos, pois a chance de ocorrer a piora do aspecto da pele é muito grande”, completa o médico.

Podendo aparecer por diversos fatores, que vão da genética até questões vasculares e de melanina da pele, as olheiras são um verdadeiro incômodo para muitas pessoas. Por isso, cada vez mais surgem novos tratamentos para resolver este problema que confere um aspecto cansado ao visual.

A região abaixo dos olhos possui uma pele extremamente fina, então há a chance de o tatuador estourar um vasinho, tornando a região ainda mais escura. “Não é um procedimento seguro, pois a pele muda de cor e tonalidade com o passar dos anos e o pigmento desbota, o que acaba resultando em uma pele disforme e com cores distintas. Há um grande risco de a coloração ficar diferente do restante da pele, primeiro porque a pele tem períodos que está mais clara e períodos que está mais escura, ela bronzeia enquanto o pigmento fica fixo. Além disso, há também os riscos comuns de qualquer tatuagem, como infecções, alergias, cicatrizes hipertróficas e queloides”, afirma.

Mas, segundo o dermatologista, existem outras opções de tratamento muito mais seguras e que, ao invés de esconderem, realmente tratam as olheiras. “Por exemplo, os lasers Vektra QS, da plataforma Solon, e os de picossegundos (Quadri Pico e Pico Ultra 300) são tratamentos eficazes e recomendáveis, que melhoram a textura da pele e clareiam as olheiras, sem injetar nada no tecido”, diz o médico.

“Estes procedimentos agem no melanócito,

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impedindo-o de liberar o pigmento para as células mais superficiais, melhorando assim tanto o pigmento castanho, da melanina, quanto o pigmento férrico, da hemoglobina”, destaca. “O ideal é fazer uma sessão de 10 minutos a cada 15 dias, num total de 4 a 6 sessões. O tratamento não dói, não fica roxo e o paciente pode voltar a suas atividades na mesma hora”, explica. “Porém, independentemente do tratamento, é imprescindível que você consulte um dermatologista antes, pois apenas ele poderá analisar cada caso e decidir qual o procedimento é o ideal para você”, diz. Abdo Salomão.

A médica Fernanda Nichelle, que atua exclusivamente na área estética, explica que a pele ao redor dos olhos é extremamente fina e sensível, o que aumenta o risco de reações adversas, como infecções, inflamações e cicatrizes. Além disso, a pigmentação pode desbotar de forma irregular ao longo do tempo, resultando em uma aparência indesejada que pode ser difícil de corrigir.

“Alternativas menos invasivas, como tratamentos tópicos, preenchimentos ou lasers, também podem ser consideradas e muitas vezes oferecem resultados satisfatórios com menos riscos. Cada caso é único, e uma avaliação personalizada é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do tratamento escolhido”, recomenda a médica.

*Com informações de IG