
O que era para ser mais um caso de abandono virou uma história de superação e serviço à justiça. Savana, uma cadela vira-lata resgatada desnutrida das ruas de São José dos Campos, hoje integra o seleto time de peritos da Polícia Científica de São Paulo. Com um faro capaz de detectar sangue humano mesmo quando invisível a olho nu, ela se tornou uma das ferramentas mais precisas — e fofas — da perícia criminal.
A transformação começou quando o perito criminal e veterinário João Henrique Machado resgatou Savana ainda filhote. O plano inicial era encaminhá-la para adoção, mas o comportamento da cadela chamou atenção: sociável, hiperativa e com um olfato excepcional, ela tinha tudo para seguir os passos de Mani, o primeiro cão perito da corporação — também um vira-lata.
Treino de elite: brincadeira que vira trabalho
Dois anos de treinamento transformaram Savana em uma especialista em rastreamento. Comandos de obediência, simulações em cenários reais (como carros, roupas e terrenos) e muita recompensa em petiscos e bolinhas fizeram dela uma das melhores no que faz.
Faro que supera a tecnologia
O olfato canino é tão apurado que Savana já identificou sangue em roupas com mais de um ano de uso e em carros onde o crime ocorreu seis meses antes.
E a recompensa? Uma bolinha de borracha. Quando encontra algo, Savana se senta ou deita, sinalizando o local — e garantindo seu prêmio.
Projeto quer expandir equipe de ‘cães peritos’
Agora, o objetivo é ampliar o projeto e levar cães treinados para outros núcleos da Polícia Científica. Mas não é qualquer peludo que pode entrar para o time: além de inteligência e faro aguçado, é preciso ter energia, socialização e vontade de trabalhar. Cães muito agressivos ou grandes são descartados — a maioria é recrutada em canis municipais.
Ver essa foto no Instagram