Mais uma “primeira-vez” se fará presente na próxima edição do Miss Universo, que tem a final agendada para o próximo 16 de novembro. Desta vez, quem faz história é a modelo Logina Salah, 34, que se tornou a primeira mulher com vitiligo a integrar o elenco do concurso de beleza, após ser eleita Miss Egito 2024.
Coroada no início de outubro, ela declarou em entrevista para a imprensa que se sente muito orgulhosa de representar uma minoria. “Estou animada para representar o Egito, as mulheres com vitiligo e qualquer pessoa que já tenha sentido que não pertence”, disse.
“Minha missão é empoderar aqueles que se sentem marginalizados, deixando-os cientes de que não estão sozinhos. Quero causar um impacto significativo no cenário global do Miss Universo”, completou a miss, que é mãe solo de uma menina de 10 anos.
Logina convive desde a infância com o vitiligo, uma condição que provoca perda de pigmento em áreas da pele – aos 8 anos, ela foi diagnosticada com lúpus, que a levou a ter psoríase e vitiligo. A modelo revelou ainda que levou 15 anos para ter amor próprio e superar uma série de situações de bullying pelas quais passou.
A nova Miss Egito começou sua carreira no mundo da moda como maquiadora na cidade egípcia de Alexandria. Não demorou muito para se tornar criadora de conteúdo nas redes sociais e, na sequência, se destacar pelo seu visual e confiança –o que abriu as portas para começar a desfilar.
Hoje ela contabiliza parcerias com marcas famosas e inúmeras capas de revistas do setor. Com isso, acumulou grande visibilidade nas redes sociais e hoje soma uma legião de 1,8 milhão de seguidores, apenas em seu perfil no Instagram.
Logina disputou a coroa do Egito com outras 12 finalistas, em evento realizado no Cairo, capital do país, e transmitido ao vivo pelo YouTube. Entre as tradicionais etapas de classificação, estavam, além de desfiles em traje de banho e gala, as temidas entrevistas preliminares com os jurados e respostas ao vivo no palco da final. Quem se despediu do título na ocasião foi Mohra Tantawy, titular de 2023.
As mudanças no regulamento do concurso chegaram em um contexto inédito para a marca, que nunca esteve tão próxima dos temas de diversidade e inclusão. O principal motivador dessa disrupção foi a compra do concurso, há pouco mais de dois anos, pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, que é uma mulher transgênero.
Inclusive, a última edição do Miss Universo, em novembro de 2023, foi considerada a mais “plural” realizada até hoje, já que além de duas mulheres transgêneros (as misses Portugal e Holanda), teve entre suas candidatas uma modelo plus size (Miss Nepal) e duas mães (as misses Colômbia e Guatemala).
Vale lembrar, além de Logina ser a primeira mulher com vitiligo do concurso, ela também se enquadra nas recentes novas regras do Miss Universo, que permite agora a candidatura de mães e mulheres de qualquer idade. A novidade é histórica, uma vez que isso nunca havia ocorrido em mais de 70 anos de existência da competição, criada em 1952, e passou a valer a partir de janeiro de 2024. Antes disso, só podiam estar na competição misses entre 18 e 28 anos.
Atualmente Logina mora em Dubai e se prepara para defender o Egito no Miss Universo 2024, que acontece na Cidade do México, capital mexicana, e terá seu pontapé inicial no começo de novembro. A 73ª edição do mundial deve bater recorde com cerca de 130 candidatas. Quem passa a coroa é a nicaraguense Sheynnis Palacios, vencedora da última edição, em El Salvador.
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