Foto: Assessoria de Comunicação

O deputado Comandante Dan (Podemos) fez um apanhado das ocorrências policiais do final de semana de Páscoa e declarou que é necessário um choque de ordem nas questões relacionadas à ordem pública, do contrário ele considera que os números tendem a se agravar.

“Vivemos um final de semana de Páscoa e, ainda na Quaresma, na semana que antecedeu o martírio e ressurreição do Messias, dormimos com foguetório e acordamos com quatro mortos numa chacina no São Raimundo, tivemos corpos esquartejados achados em malas, bandidos que saíram do bueiro atirando para resgatar prisioneiros no 14º Distrito Integrado de Polícia e, num outro extremo, policiais invadiram uma residência, sem mandado legal, e obrigaram uma família a arrancar o sistema de monitoramento por câmera, sob a alegação de que os equipamentos serviam ao narcotráfico. Tudo errado”, declarou o deputado.

Segundo Câmara, é impossível que alguém considere que estejamos num estado de normalidade. “Mesmo que aquelas câmeras servissem ao tráfico, era imprescindível outra abordagem, inclusive para preservar a licitude e a necessidade da ação policial, a ousadia do uso do bueiro mostra que os cidadãos perdem espaço aos bandidos, nós estamos reféns. É impressionante como estamos banalizando a violência e os crimes bárbaros, que parecem ter virado paisagem”, enfatizou. Ele defende, desde o início do mandato, a adoção de um plano emergencial, que reúna diferentes áreas de atuação e esferas de governo, em favor da diminuição da violência.

Nem tudo é polícia

Dan Câmara enfatizou que a ordem pública não depende apenas de ações policiais preventivas e repressivas, mas de um esforço coletivo das autoridades em favor da sensação de segurança da população. Ele lembrou a Lei nº 13.675/2018, que criou o Sistema Nacional de Segurança Pública. “A lei incorpora o conceito da defesa social à segurança pública e também prolonga a responsabilidade da segurança aos municípios, até então ignorados”, disse.

O deputado utilizou o Centro de Manaus como exemplo de uma área em que a ação precisa ser multidisciplinar. “Um tratamento urbanístico mais atento, lembrando a teoria das janelas quebradas, fará uma diferença enorme na segurança do Centro. Locais limpos, bem iluminados e ocupados por atividades lícitas inibem a criminalidade”.

Ele lembrou que o Centro Histórico de Manaus é fundamental ao turismo e que ali também é fundamental a adoção de atitudes emergenciais. “Transferir a sede de algumas unidades gestores dos poderes Executivos estadual e municipal para o Centro, como uma operação saneadora, podem fazer uma enorme diferença em favor do cidadão e da cidade”, declarou.